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Cérebro de homens encolhe mais rápido mas mulheres desenvolvem mais Alzheimer | Imagem: Domíno Público
O efeito parece ser contraditório: o cérebro dos homens encolhe mais rapidamente com a velhice do que o das mulheres, mas o Alzheimer afeta quase duas vezes mais mulheres do que homens.
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É o que indica um novo estudo realizado por pesquisadores noruegueses e publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). O estudo é um dos mais completos do gênero, com mais de 12 mil exames de ressonância de quase 5 mil pacientes.
Entenda melhor essa relação contraditória e o que o estudo inédito parece indicar.
A velhice traz vários efeitos indesejáveis para o corpo humano. Um deles é a perda de massa cinzenta de diversas regiões do cérebro. A pesquisa mostrou que, com o passar dos anos, o cérebro dos homens encolhe mais rapidamente que o das mulheres, inclusive nas regiões associadas ao Alzheimer.
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E é uma diferença significativa: enquanto os cérebros das mulheres analisados apresentaram 1,2% de perda por ano, os dos homens chegavam a 2% por ano. Os pesquisadores esperavam que a diferença de velocidade explicasse a proeminência do Alzheimer, mas o resultado foi o oposto.
O resultado oposto da pesquisa confirma mais uma vez que o Alzheimer é uma doença complexa, e existem vários fatores em jogo. A diferença entre mulheres e homens pode ter causas hormonais, como os hormônios sexuais, genéticas, com os cromossomos, ou até sociais.
“Os resultados apontam para outras possíveis explicações para as diferenças sexuais na prevalência da doença de Alzheimer, como diferenças na sobrevivência ou na vulnerabilidade à doença”, contou Anne Ravndal, da Universidade de Oslo, para a revista Nature.
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Os pesquisadores vão seguir utilizando o grande modelo de declínio cerebral que montaram, com os mais de 12 mil exames, para investigar doenças neurológicas associadas ao envelhecimento.
A Anvisa liberou um novo remédio que pode frear o Alzheimer aqui no Brasil, mas perspectiva de cura ainda é incerta.
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