Homens preferem trair a parceira do que trocar de cabeleireiro, diz pesquisa

Mudar de cabeleireiro pode parecer uma decisão simples, mas para muitos homens no Reino Unido é quase uma traição. 

Uma pesquisa realizada pela empresa britânica Capital Hair and Beauty revelou que 48% dos homens entrevistados se sentiriam mais culpados por trocar de salão do que por trair a parceira.

O levantamento, feito com 2 mil participantes no primeiro semestre deste ano, mostra que o vínculo entre cliente e cabeleireiro ultrapassa o aspecto profissional.

Entre os entrevistados, 28% afirmaram que jamais cortariam o cabelo com outro profissional, tamanho o nível de confiança criado ao longo dos anos.

Fidelidade masculina ao salão

Entre as mulheres, essa lealdade é menor, mas ainda significativa: 15% disseram manter o mesmo compromisso com o cabeleireiro. 

O estudo aponta que, para muitos clientes, o profissional de beleza é mais do que alguém que cuida da aparência — é um confidente, alguém que escuta, aconselha e acompanha mudanças pessoais e emocionais.

A pesquisa estima que cerca de sete milhões de britânicos mantenham uma lealdade tão forte que consideram impensável mudar de salão. 

O grupo mais fiel é o de homens entre 25 e 34 anos — um quarto deles admite que se sentiria culpado ao cortar o cabelo com outro profissional.

Por que mudar é tão difícil

Entre os principais motivos que levam alguém a “trair” o cabeleireiro estão experiências ruins anteriores (29%), dificuldade em conseguir horário (23%), desejo de mudar radicalmente o visual (22%) e aumento de preços (16%).

Curiosamente, 10% disseram que poderiam trocar de salão se o local deixasse de oferecer programas de fidelidade, sinal de que muitos enxergam o vínculo quase como um contrato formal.

Três visitas para criar um laço

O estudo indica que a lealdade é construída rapidamente: bastam três visitas para que um cliente decida permanecer fiel. Em tempos de alta no custo de vida, quando cada gasto é reavaliado, essa relação de confiança ganha valor simbólico.

Para alguns britânicos, romper com o cabeleireiro é mais difícil do que terminar um relacionamento amoroso — uma prova de que, às vezes, o corte de cabelo envolve muito mais do que aparência.