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Maior prédio residencial do mundo abriga 30 mil pessoas e gera controversas

Edifício é como uma cidade e evidencia desigualdades sociais

José Adryan

04/09/2025 às 16:35  atualizado em 04/09/2025 às 17:46

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Divisão dos andares evidencia desigualdades entre moradores

Divisão dos andares evidencia desigualdades entre moradores | Reprodução/Youtube

A promessa de conforto absoluto pode se tornar uma armadilha. Por trás da fachada imponente, o maior edifício residencial do mundo combina uma infinidade de serviços com tensões constantes.

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Regent Internacional Center é o prédio residencial mais populoso do mundo atualmente
Regent Internacional Center é o prédio residencial mais populoso do mundo atualmente
Situado em Hangzhou, na China, edifício abriga cerca de 30 mil pessoas
Situado em Hangzhou, na China, edifício abriga cerca de 30 mil pessoas
Prédio tem restaurantes, bares, mercados e diversos serviços (Fotos: Reprodução/Youtube)
Prédio tem restaurantes, bares, mercados e diversos serviços (Fotos: Reprodução/Youtube)

O Regent Park International Center está situado em Hangzhou, na China, e abriga cerca de 30 mil pessoas. Os moradores têm acesso a tudo o que precisam, mas o ambiente segue frágil. Nesse extremo, os contrastes ficam ainda mais evidentes.

Nesse espaço, que funciona como uma cidade compacta, a autonomia é sedutora, mas regras e usos colidem.

No maior edifício, a rotina vira um sistema fechado

Segundo o portal Mariefrance, tudo é pensado para que não haja necessidade de sair do prédio. Ali existem supermercados, escolas e clínicas médicas. Há parques, restaurantes, casas de chá e mais. Até as entregas ficam guardadas em armários próprios.

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Os blocos são interligados por corredores e passarelas que organizam a circulação. O acesso é controlado por biometria e a gestão da água é automatizada. Funciona como um ecossistema fechado.

O edifício tem formato de “S” e linhas simples. Foi inaugurado em 2013, com 39 andares e cerca de 5 mil apartamentos, totalizando 206 metros de altura.

Antes pensado como um hotel seis estrelas, acabou transformado em um complexo residencial, adaptado para suportar alta densidade de moradores.

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O prédio expõe desigualdade dentro de seus andares

Nos andares superiores, apartamentos amplos oferecem vistas privilegiadas e conforto de alto padrão. Já nos níveis mais baixos, surgem divisões ilegais que transformam lofts em minúsculos estúdios sem janelas. 

Um imóvel de 144 m² chegou a ser repartido em oito microunidades com cozinhas compactas. Essa sobreposição percorre todo o prédio, do saguão ao topo.

Chamado no passado de “prédio das celebridades” pela presença de influenciadores, o local já foi símbolo de status.

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“Durante seus anos de prosperidade, este lugar impressionava toda Hangzhou”, lembra um corretor de imóveis da região ao Mariefrance. Mas a mistura de residências e empresas, somada à superlotação, deteriorou os usos, prejudicando segurança, higiene e convivência.

No auge, o complexo chegou a abrigar 30 mil moradores. A densidade pressiona corredores, elevadores e áreas comuns. Hoje, o endereço atrai turistas curiosos pela intensidade de uma cidade inteira comprimida em um único edifício.

Eficiência arquitetônica e isolamento humano

A construção segue um estilo funcionalista: linhas retas, formas geométricas, estrutura massiva e sem ornamentos. O projeto privilegia a eficiência. Porém, críticos apontam uma “arquitetura isolacionista”, que favorece vidas paralelas em vez de conexões reais.

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Em Hangzhou, dentro da Qianjiang Century City, o Regent International Center se organiza como uma cidade vertical. Corredores e passarelas canalizam fluxos intensos, enquanto os andares térreos concentram os serviços.

O controle de entrada é biométrico e a água é administrada por sistemas automáticos. Apesar da tecnologia oferecer segurança, o anonimato se amplia a cada andar.

Viver nesse modelo “tudo em um” parece prático, mas a oferta de comodidades não garante vínculos sociais. O isolamento e até a claustrofobia são comuns.

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O gigante urbano e a questão de habitar cidades densas

Planejado como exemplo de densidade controlada, o prédio em formato de S expõe um paradoxo. Se, por um lado, os serviços facilitam, por outro, o excesso de funções prejudica os laços sociais.

A escala varia de acordo com o andar, reforçando desigualdades internas. Esse gigante inspira e inquieta ao mesmo tempo, lembrando que a essência de uma cidade de sucesso depende, acima de tudo, do bem comum.

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