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A caixa é uma alternativa para os pais que não têm condições de criar seus filhos | Divulgação/City of Searcy
Caso tenham gerado um bebê e não consigam cuidar dele, os pais podem colocá-lo anonimamente em uma caixa segura. Essa é a proposta da “Safe Haven Baby Box” nos Estados Unidos. Ela possui temperatura ideal para o recém-nascido esperar até que uma equipe médica ou de bombeiros chegue ao local.
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A primeira Safe Haven Baby Box foi instalada em Woodburn, Indiana, em 2016. Desde então, mais de 190 caixas de bebê foram espalhadas em vinte estados.
Os pais abrem a porta da caixa, deixam o bebê e vão embora, logo em seguida um alarme silencioso é acionado para a equipe de resgate que chega em média dois minutos depois. Posteriormente, a criança é retirada em segurança para um ambiente controlado.
Uma vez trancada, a caixa não pode ser aberta por fora. Caso os pais se arrependam e queiram o bebê de volta, um envelope laranja é retirado antes do descarte com os dados de uma ONG.
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Monica Kelsey, fundadora e SEO do Safe Haven Baby Box disse ao programa “Good Morning America” que a iniciativa é uma extensão das leis de refúgio para os bebês - este estatuto permite a entrega de recém-nascidos sem que os pais sofram acusações criminais.
“Nos últimos anos, as mulheres podem entrar em quartéis de bombeiros ou hospitais, entregar seus recém-nascidos a um dos funcionários e ir embora. Isso permite que o mesmo processo continue, mas anonimamente”, explicou Kelsey.
A iniciativa tomou forma quando a médica e bombeira aposentada viu um cofre para bebês em Cabo Frio, na África do Sul. Depois, quando soube das mortes de recém-nascidos abandonados fora dos locais de refúgio nos EUA decidiu criar o projeto no país.
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Kelsey também foi abandonada quando criança. Ela conta que conhecer a mãe biológica aos 37 anos a impulsionou para trabalhar com outras mães que não têm condições de cuidar dos filhos.
“A melhor parte do meu trabalho é saber que estou ajudando essas mães que tomaram uma boa decisão, mesmo que não seja a que eu teria tomado. Essa é uma decisão que elas precisam tomar”.
De qualquer forma, o conceito existe desde a idade média. Naquela época, barris cilíndricos eram deixados ao lado de igrejas, hospitais e orfanatos para que os recém-nascidos pudessem ser abandonados.
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Hoje em dia, diversos países já adotaram a medida. Entre eles Alemanha, Coreia do Sul, Malásia, Paquistão, Polônia, Rússia, Suíça e Japão.
Este último, possui uma caixa no hospital católico Jikei desde 2007, no sudoeste da ilha. Assim que o alarme é disparado, as enfermeiras vão até a criança em menos de um minuto para acolhe-la.
O aborto é legalizado, mas caro no Japão. Por isso, a “caixa de bebês” é vista como uma solução por parte da população.
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Em contrapartida, grupos conservadores são contra a ideia e defendem que quando se gera um filho é preciso criá-lo. A tradição familiar é muito forte nesse país e geralmente os serviços de proteção à criança tentam encontrar a família.
Independente do histórico cultural, a organização Safe Haven Baby Boxes afirma que os bebês entregues estão saudáveis. E defende que caso a alternativa não existisse, alguns recém-nascidos poderiam não ter sobrevivido.
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