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Jogue seus óculos de sol fora: pesquisa da USP aponta falha na proteção contra radiação

A maior parte dos modelos deixa a desejar no quesito bloqueio dos raios ultravioletas

Pedro Morani

23/07/2025 às 06:35

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Produto tende a oferecer uma baixa proteção contra os raios solares

Produto tende a oferecer uma baixa proteção contra os raios solares | Banco de Imagens - Freepik

De acordo com uma pesquisa feita pela USP, os óculos de sol comuns falham na proteção contra a radiação ultravioleta (UV) difusa, que pode prejudicar a visão quando excessiva. 

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Os óculos "máscara", usados principalmente por atletas, oferecem a maior proteção do mercado
Os óculos "máscara", usados principalmente por atletas, oferecem a maior proteção do mercado
A radiação ultravioleta oferece riscos à saúde
A radiação ultravioleta oferece riscos à saúde
Os raios solares são refletidos em superfícies comuns (Imagens geradas por IA)
Os raios solares são refletidos em superfícies comuns (Imagens geradas por IA)

Esse tipo de onda é refletida em várias superfícies, como paredes e solo, e chegam pelo vão lateral entre os óculos e o rosto, refletem nas lentes internas e atingem os olhos, que geralmente estão desprotegidos por armações despreparadas. 

“As armações têm um papel fundamental na proteção dos olhos contra a radiação UV”, afirma a física Liliane Ventura, da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (EESC-USP), que trabalha nessa área há cerca de 30 anos, e deu entrevista à Revista Pesquisa Fapesp.

A pesquisa sobre  proteção 

O grupo de pesquisa liderado pela professora analisou 32 modelos de óculos, com um protótipo equipado com sensores ultravioletas ao invés de olhos. Eles encontraram uma grande variação na proteção contras os raios. 

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Os resultados apontaram que o modelo da armação também interfere na proteção. Um óculos tipo máscara, usado por atletas, bloqueia 96% da radiação UV. Já os modelos de lentes redondas conseguem no máximo 81% de eficácia. 

As lentes dos óculos seguem um padrão nacional e internacional que exige uma proteção mínima de 380 nanômetros (nm). Entre 12 modelos analisados, 11 forneciam a proteção no limite, e apenas uma excedeu na proteção. 

“As lentes dos óculos de sol vendidos no país estão dentro do que as normas nacionais pedem”, afirma Ventura à Revista Pesquisa Fapesp.

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 “O problema é que as normas brasileiras e internacionais não são suficientes para a proteção UV total dos olhos, porque avaliam apenas as lentes e não consideram as armações”, afirma a pesquisadora.


O que a lei estabelece como limite e o que acontece na prática 

Em 2013, a legislação estabeleceu que as lentes deveriam proteger contra 400 nm. Dois anos depois, o valor foi reduzido para 380 nm, seguindo a norma da Organização Internacional de Normalização (ISO). 

Depois desse período de reajuste no parâmetro, não houve nenhuma tentativa de aumentar o limite. Em comparação, na Austrália, país na mesma faixa de latitude do Brasil, ou seja, com a mesma incidência solar, o valor mínimo de proteção é de 400 nm. 

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Outros cuidados a serem tomados

Modelos credenciados e originais oferecem a proteção estabelecida, que já é questionada. Os modelos vendidos por ambulantes ou em lojas não credenciadas oferecem riscos ainda maiores. 

Os materiais que são usados não são adequados e aumentam o risco. Por isso, o Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico, Fotográfico e Cinematográfico do Rio Grande do Sul lançou um apelo: “Proteja seus olhos, use óculos solar de qualidade”.

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