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A percepção de jovens serem mais velhos fica nítida nos tempos atuais | Reprodução bar YouTube
A percepção de que os jovens das décadas passadas aparentavam ser mais velhos é uma impressão comum que desperta curiosidade.
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Frequentemente, ao olhar fotos, vídeos ou programas antigos, como o famoso “Namoro na TV” do Silvio Santos, nota-se que pessoas com idades na casa dos 20 anos parecem transmitir uma maturidade e uma aparência de idade além da real.
Essa sensação, porém, não se deve apenas à realidade física, mas a uma série de fatores culturais, sociais, ambientais e até técnicos que influenciam a forma como interpretamos a juventude do passado.
Além do visual, essa impressão reflete o contexto histórico e o estilo de vida das épocas anteriores, marcados por desafios maiores como maiores índices de tabagismo, exposição ao sol sem proteção, trabalhos físicos e menos acesso a cuidados de saúde e cosméticos modernos.
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Somado a isso, a moda, os penteados, a postura e os acessórios usados naquela época carregavam um simbolismo diferente do que conhecemos hoje, imprimindo nos jovens uma imagem de maior seriedade e responsabilidade, reforçando a ideia de que eram mais velhos do que aparentam os jovens contemporâneos.
Nos anos 1980, por exemplo, a moda e o estilo refletiam uma busca por uma aparência mais sóbria e madura. Os cabelos volumosos, maquiagens pesadas e roupas formais transmitiam uma imagem de seriedade, respeito e maturidade.
Esses símbolos de estilo eram muito valorizados e eram uma forma de se expressar socialmente.
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Hoje, os jovens geralmente adotam visuais mais descontraídos, coloridos e joviais, o que ajuda a criar uma imagem mais jovem. A percepção do tempo também é influenciada pelos trajes e atitudes, que são diferentes conforme as eras.
Além disso, a postura e o comportamento também contribuíam para essa percepção. Antigamente, os jovens tinham uma conduta muito mais formal em público, o que influenciava na imagem transmitida deles para os outros.
Em contraste, os jovens atuais, influenciados pelas redes sociais e pelo entretenimento, costumam ser mais informais e expressivos, o que reforça uma imagem de espontaneidade e jovialidade.
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Outro aspecto fundamental que causa essa sensação é o estilo de vida mais rigoroso e menos saudável do passado.
Há décadas, os jovens fumavam mais, tinham alimentação menos balanceada e eram mais expostos ao sol sem proteção adequada.
Esses hábitos prejudicavam a saúde da pele e aceleravam processos de envelhecimento visível.
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A falta de avanços em cosméticos, protetores solares e tratamentos estéticos também fazia com que as imperfeições fossem mais visíveis, contribuindo para a impressão de que as pessoas eram mais velhas.
Em contrapartida, os jovens de hoje vivem em uma era de maior conscientização sobre saúde, praticam atividade física regularmente, têm dietas equilibradas e acesso a diversos produtos de cuidado com a pele que retardam o envelhecimento precoce.
Esse conjunto faz com que a aparência física dos jovens modernos seja mais fresca e jovem em comparação aos jovens de décadas atrás.
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A qualidade das fotos e vídeos também influencia a percepção sobre a idade.
Antigamente, as tecnologias disponíveis para fotografia e filmagem eram menos avançadas, com resoluções menores e pouca capacidade para edição e correção de imagens.
Isso acentuava imperfeições e dava uma aparência mais envelhecida.
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Hoje, a alta definição, os filtros e as técnicas de edição digital contribuem para suavizar traços de idade, o que reforça a impressão de uma juventude mais jovem.
Finalmente, a percepção do envelhecimento e da juventude muda conforme os símbolos culturais que definem o que significa ser jovem em cada época.
A ideia dessa juventude “mais velha” se trata, em grande parte, de uma ilusão gerada pelo contexto social, histórico e de moda, e não necessariamente um reflexo da realidade biológica do envelhecimento.
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Este fenômeno fica claro em programas antigos de TV como “Namoro na TV”, apresentado por Silvio Santos, em que os jovens participantes pareciam mais velhos devido exatamente a todos esses fatores combinados, apesar de serem na idade típica da juventude.
Além disso, o impacto dessa percepção ultrapassa a televisão e se estende à forma como lembramos de outras mídias da época, como revistas, filmes e fotografias de família.
Ao revisitar esses registros, somos levados a comparar o estilo, os hábitos e a postura dos jovens de então com os atuais, reforçando a impressão de que o tempo moldava uma maturidade visível que hoje parece menos presente.
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