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Apesar de popular, pediatras alertam sobre perigos de usar limão nos berços | Gerada por IA
Quem tem um bebê em casa sabe: fazer a criança dormir pode ser uma das tarefas mais difíceis do dia.
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O sono é fundamental para o crescimento e bem-estar dos pequenos, mas nos primeiros meses, cada bebê segue seu próprio ritmo, e é comum que eles acordem várias vezes à noite por fome, incômodo ou outros motivos.
Uma teoria ganhou força nas redes sociais: a de que colocar um limão cortado no berço ajudaria o bebê a dormir melhor durante a noite. Muitos pais decidiram testar a dica e publicaram vídeos mostrando que, aparentemente, a técnica teve bons resultados.
Apesar de parecer uma solução simples e milagrosa, pediatras alertam que não existe comprovação científica nem explicação validada que confirme a influência do limão na qualidade do sono dos bebês.
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O médico Renato Kfouri, pediatra infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em entrevista ao Metrópoles, fez um alerta aos pais.
Segundo ele, nem o cheiro, nem o consumo do limão têm qualquer efeito sobre o sono da criança. Não há base científica para isso. Aromaterapia, destaca o especialista, não é medicina.
A pediatra Tainá de Carvalho Coelho, do Centro Clínico Mantevida de Brasília, também em entrevista ao jornal, reforça que não existem estudos que liguem o uso do limão à melhora do sono.
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Ela reconhece que cuidar de um bebê com sono irregular é uma tarefa difícil e desgastante. Por isso, muitas famílias acabam recorrendo a todo tipo de estratégia. Quando algo do tipo viraliza na internet, cria-se uma expectativa que pode ser frustrante.
Além da ausência de evidências científicas, a pediatra Sandi Sato, da Maternidade Brasília, da rede Dasa, alerta para os riscos envolvidos na prática.
O limão pode causar alergias ou irritações na pele se o bebê tiver contato direto com a fruta ou inalar seus compostos ácidos. Também existe o risco de engasgo, caso a criança leve o limão à boca, além da possibilidade de atrair insetos como mosquitos e formigas.
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Em relação ao sono dos bebês, especialistas explicam que é comum que eles durmam por períodos curtos.
A qualidade dessas sonecas está diretamente ligada à maturação neurológica, um processo que evolui gradualmente e tende a se estabilizar de forma mais eficaz por volta dos quatro anos de idade.
“Existem muitas teorias e métodos sobre como fazer o bebê dormir a noite toda, mas isso depende muito do desenvolvimento individual da criança. Alguns bebês alcançam essa maturação mais rapidamente, outros demoram mais”, destaca Tainá.
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