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Saiba como o fenômeno acontece, quando pode ser visto e por que fascina há séculos | Foto: Youtube/Reprodução
A Lua de Sangue é um dos eventos astronômicos mais impressionantes e cercados de simbolismo em diferentes culturas pelo mundo. O fenômeno acontece quando um eclipse lunar total coincide com o momento em que a Lua está mais próxima da Terra, criando um brilho avermelhado que fascina curiosos e estudiosos.
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Além da beleza, a Lua de Sangue está presente em tradições religiosas e textos sagrados, como a Bíblia, onde aparece associada a profecias e transformações cósmicas. Entenda abaixo como ela se forma, como observar e qual seu significado cultural e espiritual.
A Lua de Sangue, também chamada de Lua Sangrenta, ocorre durante um eclipse lunar total, quando a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua. Nesse momento, a luz solar não incide diretamente sobre a Lua; ela atravessa a atmosfera terrestre, que filtra as ondas azuis e permite apenas o vermelho alcançar o satélite natural. Esse efeito colore a Lua em tons alaranjados ou avermelhados.
O processo é resultado da dispersão de Rayleigh, a mesma responsável pelos tons alaranjados do pôr do sol. A Lua assume a cor avermelhada porque a atmosfera deixa passar apenas a luz de maior comprimento de onda. Apesar de parecer sobrenatural, trata-se de um fenômeno físico perfeitamente compreendido pela ciência.
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O evento ganha ainda mais destaque quando coincide com uma superlua, momento em que a Lua está em seu perigeu, o ponto mais próximo da Terra. Com isso, o satélite parece maior e mais brilhante, o que intensifica o espetáculo e torna a experiência ainda mais marcante para quem observa o céu. Esse aspecto da superlua já foi detalhado em reportagem da Gazeta.
Observar a Lua de Sangue não exige equipamentos profissionais, o que torna o fenômeno acessível a curiosos e entusiastas da astronomia. Basta que o céu esteja limpo e livre de poluição luminosa para que o brilho avermelhado seja visível a olho nu. Binóculos ou telescópios podem tornar a experiência mais interessante, revelando detalhes da textura lunar.
Locais afastados de grandes centros urbanos são ideais para acompanhar o evento com clareza. A poluição luminosa das cidades pode dificultar a visibilidade, especialmente nas fases mais sutis do eclipse. Por isso astrônomos recomendam buscar pontos altos, parques ou áreas rurais, onde o céu costuma estar mais escuro.
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Também é importante acompanhar previsões meteorológicas e horários divulgados por observatórios e institutos de astronomia. Como a Lua de Sangue depende totalmente da atmosfera limpa e de um alinhamento preciso, qualquer variação climática pode comprometer a visualização completa do fenômeno.
A Lua de Sangue aparece em diferentes passagens bíblicas, muitas vezes associada a eventos proféticos e sinais dos tempos. No livro de Joel, há a referência de que a Lua se tornará como sangue antes de um grande dia do Senhor. Também no Apocalipse, a Lua avermelhada é símbolo de juízo final e transformações dramáticas na Terra. Essas descrições misturam linguagem simbólica e elementos naturais observáveis, como eclipses e fenômenos astronômicos.
Apesar das associações religiosas, cientistas explicam que um eclipse lunar e um eclipse solar, eventos presentes nas profecias, não podem ocorrer ao mesmo tempo. Essa análise ajuda a entender que as passagens bíblicas fazem uso de metáforas, reforçando mensagens espirituais, sem representar previsões literais de fenômenos astronômicos.
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A Lua avermelhada é símbolo ancestral de presságios e mudanças. Povos antigos, como egípcios e babilônios, acreditavam que o fenômeno anunciava eventos importantes, muitas vezes relacionados à guerra, colheitas decisivas ou transformações sociais. Para essas civilizações, o céu vermelho indicava momentos de virada.
Em algumas tribos indígenas da América do Norte, a Lua vermelha representava renovação e força espiritual. Para esses povos, o céu colorido não representava destruição, mas sim o despertar de uma nova energia, capaz de alterar o fluxo da natureza e da vida cotidiana.
Ainda hoje, o simbolismo da Lua de Sangue provoca debates entre religiosos, místicos e amantes da astronomia. Enquanto uns veem o fenômeno como sinal de desequilíbrio ou mudança profunda, outros o interpretam como parte do ciclo natural do cosmos, lembrando que ciência e imaginário cultural frequentemente andam juntos.
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Para quem quiser saber quando será possível observar o próximo eclipse lunar visível no Brasil, vale conferir a matéria recente da Gazeta que traz datas e horários previstos.
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