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Turistas registraram o momento em que a sucuri quase foi atingida durante manobra da eclusa. | Reprodução/Instagram
Uma operação da Polícia Militar Ambiental e da concessionária da hidrelétrica de Barra Bonita, no interior de São Paulo, resgatou em abril uma sucuri adulta que havia se refugiado na eclusa da barragem do Rio Tietê.
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O animal, que já vinha sendo observado por turistas em embarcações, corria risco de acidente com as hélices dos barcos e foi levado em segurança para uma área de mata preservada.
A presença da cobra gigante gerou surpresa e preocupação. Enquanto atraía olhares curiosos, a sucuri também estava em perigo, já que o ambiente da eclusa não era adequado para sua permanência e poderia resultar em ferimentos graves.
Vídeos feitos por passageiros de um barco turístico mostram a cobra se soltando de uma escada de ferro e saltando de quase 18 metros de altura na água, durante a descida do nível da eclusa. O desnível chega a 26 metros entre o reservatório e o rio.
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Segundo relatos, a sucuri chegou a nadar bem próximo da embarcação, assustando os tripulantes. Em outro momento, ela quase foi esmagada ao tentar se esconder na engrenagem de uma boia de atracação.
A concessionária Auren Energia, responsável pela operação da hidrelétrica, informou que a retirada contou com apoio da Polícia Ambiental. Após ser capturada, a cobra foi solta na margem do reservatório, em uma área preservada e compatível com seu ambiente natural.
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Segundo os especialistas, esse procedimento garante mais segurança para o animal e para as pessoas que circulam pelo local. A reintegração à mata ajuda a preservar o equilíbrio ecológico do Rio Tietê e reduz riscos de novos encontros inesperados.
As sucuris, também conhecidas como anacondas, estão entre as maiores serpentes do mundo e podem chegar a 6 metros de comprimento. Embora imponentes, não possuem veneno: matam suas presas por constrição, enrolando o corpo até interromper o fluxo sanguíneo.
Esse tipo de cobra é típico de áreas úmidas da América do Sul, mas em São Paulo os avistamentos são raros. Elas se alimentam de peixes, aves, anfíbios e até mamíferos, sendo excelentes nadadoras.
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O episódio chamou a atenção até de escolas da região. Professores que estavam em excursão com alunos aproveitaram o avistamento da sucuri para dar uma verdadeira aula de biologia ao vivo, mostrando detalhes da espécie e seu papel no ecossistema.
Para especialistas, esse tipo de situação reforça a importância de preservar habitats naturais e evitar a interferência humana em locais onde animais silvestres possam se refugiar.
Segundo estudos divulgados em revistas científicas de ecologia, encontros entre humanos e grandes répteis tendem a aumentar quando áreas naturais sofrem pressão de atividades humanas. A preservação de ambientes como margens de rios e matas ciliares é essencial para reduzir esses conflitos.
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O caso em Barra Bonita reforça a necessidade de atenção redobrada ao convívio com espécies silvestres. Embora assustem pela imponência, sucuris não atacam humanos sem motivo, e sua presença indica a vitalidade dos ecossistemas aquáticos do país.
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