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A planta é considerada o maior complexo industrial da empresa para atender o mercado interno chinês | Divulgação
A abertura do gigantesco complexo industrial da montadora em Zhengzhou revelou uma fábrica de proporções inéditas, capaz de reunir em um só território todas as etapas de produção de veículos elétricos.
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Com área equivalente a 73 estádios do Maracanã, o espaço impressiona não apenas pelo tamanho, mas pela automação que ultrapassa 98% das operações.
O tour pela instalação reforça como a China consolidou um novo modelo de produção automotiva em grande escala, apoiado em tecnologia própria e integração total de processos.
A fábrica se estende por 10,67 km², o equivalente a 73 unidades do Maracanã, marco que ajuda a traduzir o impacto visual e produtivo do complexo. No local, 57 mil funcionários atuam em setores como estamparia, soldagem, montagem final e parques de baterias, todos interligados.
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Segundo executivos presentes na visita, a estrutura funciona como uma “cidade fabril”, totalmente dedicada à produção de veículos elétricos e componentes de alta tecnologia.
O alto grau de automação chama atenção. De acordo com informações divulgadas pela empresa, mais de 98% das operações são robotizadas, incluindo quase 2.000 robôs apenas na área de soldagem.
As linhas trabalham com até 12 modelos diferentes simultaneamente, incluindo SUVs, sedãs e veículos voltados ao mercado doméstico chinês, reforçando a versatilidade da operação.
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A fábrica também centraliza a produção da bateria Blade, reconhecida pela resistência e citada em estudos publicados na revista científica Time como uma das mais seguras entre as tecnologias atuais.
O complexo opera com um ecossistema industrial fechado, no qual cerca de 70% dos componentes são produzidos internamente. Esse modelo reduz custos, acelera o desenvolvimento e garante independência tecnológica, características centrais da atual estratégia chinesa para mobilidade elétrica.
Segundo estudo divulgado por universidade chinesa especializada em políticas industriais, a China investiu mais de US$ 230 bilhões entre 2009 e 2023 para ampliar a cadeia de veículos elétricos.
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No mesmo período, 41% dos carros vendidos no país foram híbridos ou elétricos, reforçando a força desse mercado interno.
Durante a visita, a empresa apresentou também o Flash Charging, novo sistema de carregamento de alta potência capaz de garantir 400 km de autonomia em cinco minutos.
A solução alcança potência de até 1 MW, e segundo a companhia, 800 unidades serão enviadas ao Brasil para apoiar a expansão da infraestrutura local.
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A estratégia global inclui a consolidação da fábrica instalada em Camaçari (BA), inaugurada em 2025 com investimento de R$ 5,5 bilhões. A unidade tem capacidade para produzir 600 mil veículos por ano e se posiciona como um polo exportador para toda a região.
A marca também celebrou no Brasil a venda de 100 mil veículos 100% elétricos em pouco mais de três anos, reflexo do crescimento acelerado da mobilidade elétrica no país.
A visita ao complexo industrial chinês reforça como a combinação de escala, integração e tecnologia própria se tornou peça-chave na nova fase da indústria automotiva.
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A fábrica opera como símbolo dessa transformação, mantendo a China — e especialmente a montadora — no centro da disputa global pela liderança em eletrificação.
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