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A mansão no Guarujá, hoje associada ao inventário de seus bens, permanece como parte desse imaginário. | Reprodução YT / Factual Imoveis
A imagem de Gugu Liberato caminhando de chinelo pelo quintal, vara de pesca na mão e o mar logo ali embaixo ajuda a entender por que a mansão que ele mantinha no Guarujá sempre despertou curiosidade.
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Erguida sobre uma enorme rocha na Península, em frente à Praia da Enseada, a casa virou um dos refúgios preferidos do apresentador no auge de sua carreira na televisão.
O imóvel, avaliado anos atrás em cerca de R$ 7 milhões, integra o conjunto de bens listados em testamento e chama atenção pela localização privilegiada e pela forma como foi construído: encaixado na pedra, literalmente emoldurado pelo mar.
A mansão foi comprada por Gugu em 1993, período em que ele comandava atrações de grande audiência no SBT, como o “Domingo Legal” e o “Sabadão Sertanejo”. Era a fase em que o apresentador liderava a disputa dominical com a concorrência e se firmava como um dos nomes mais populares da TV brasileira.
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Na prática, o endereço no litoral sul paulista funcionava como uma espécie de contraponto ao estúdio: se durante a semana a rotina era marcada por gravações, quadros de auditório e pressão por ibope, nos fins de semana a casa sobre a rocha oferecia silêncio, mar e vista aberta para a Enseada.
Com quatro andares, a construção original data do início dos anos 1960 e já nasceu desafiadora. Para chegar até lá, nada de garagem convencional ou portão na calçada: o acesso é considerado difícil, feito basicamente por embarcações e helicópteros. Um heliponto nas proximidades serve de apoio para quem pousa direto na região.
O interior da mansão ajuda a explicar a fama de casa única. Em 2013, a apresentadora Ana Hickmann visitou o imóvel para um programa especial na Record e mostrou detalhes da arquitetura incomum.
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No quarto de hóspedes, por exemplo, parte da rocha aparece exposta, ocupando uma parede inteira e avançando pelo ambiente como se fosse um grande elemento decorativo natural.
Na época, Gugu contou que a construção exigiu intervenções pesadas. Segundo ele, foi preciso dinamitar parte da pedra para adaptar o terreno, mas uma porção bruta foi preservada de propósito. O resultado é um contraste pouco comum: piso, cama e mobiliário dividindo espaço com a rocha original.
O apresentador revelou ainda um dos segredos mais curiosos do imóvel: uma fonte de água natural dentro do quarto, alimentada pela própria formação da pedra. A sensação era de dormir literalmente “abraçado” pelo morro, com a natureza entrando casa adentro.
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Entre todos os diferenciais da mansão, Gugu costumava destacar um em especial: o acesso direto ao mar. Em trechos resgatados da entrevista exibida pela Record, ele conta que esse foi o principal motivo para fechar negócio na década de 1990.
“Foi o fato de ela ter acesso ao mar. Então você pesca no quintal. Sempre que venho para cá, eu consigo pescar sem sair de casa”, explicou o apresentador, resumindo o espírito da propriedade.
De cima da rocha, a casa tem vista ampla para a Enseada e fica praticamente isolada do movimento da orla, mesmo estando em uma das regiões mais valorizadas do Guarujá. Para quem olha de longe, o imóvel parece suspenso, encaixado na pedra e cercado de água por quase todos os lados.
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Antônio Augusto Moraes Liberato, o Gugu, morreu em novembro de 2019, aos 60 anos, após sofrer uma queda acidental em sua casa em Orlando, nos Estados Unidos. A notícia mobilizou fãs e colegas de profissão, que lembraram não só os programas de auditório, mas também o lado reservado do apresentador fora das câmeras.
A mansão no Guarujá, hoje associada ao inventário de seus bens, permanece como parte desse imaginário. Ela simboliza a fase em que o comunicador conciliava o sucesso estrondoso na TV com o desejo de manter momentos de respiro longe do assédio e das luzes do estúdio.
Mais do que um imóvel de luxo, a casa construída sobre a rocha virou peça importante da narrativa sobre a vida de Gugu: um lugar em que ele podia pescar no quintal, ouvir o barulho do mar e, por algumas horas, ser apenas Antônio Augusto à beira d’água.
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As informações sobre a mansão foram divulgadas em reportagem do Diário do Litoral e em programas especiais exibidos pela Record TV.
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