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Manuscrito de 3 mil anos do Egito pode confirmar a história bíblica das pragas enviadas por Moisés

Revele o que texto preservado em museu europeu mostra sobre imagens de caos no Egito

Marcos Ferreira

23/09/2025 às 14:14

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Descobriu-se que o papiro tem 3 milênios de existência

Descobriu-se que o papiro tem 3 milênios de existência | Freepik

O papiro conhecido como Ipuwer, um dos mais enigmáticos da antiguidade, descreve um Egito devastado por crises profundas.

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O papiro de 3.000 anos pode confirmar as profecias - Freepik
O papiro de 3.000 anos pode confirmar as profecias - Freepik
As semelhanças entregam pesquisadores - Freepik
As semelhanças entregam pesquisadores - Freepik

Entre as imagens mais marcantes estão rios transformados em sangue, fome generalizada, pragas e a sensação de que o país inteiro estava mergulhado em caos. Essas descrições apresentam semelhanças notáveis com o relato bíblico das dez pragas do Êxodo.

Embora não haja qualquer menção direta a Moisés ou ao povo hebreu, a proximidade entre as passagens tem chamado a atenção de historiadores, teólogos e arqueólogos.

Preservado hoje na Holanda, o papiro é considerado uma cópia de um texto mais antigo, possivelmente escrito séculos antes, o que aumenta ainda mais o interesse por suas conexões.

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As cenas de destruição narradas

O manuscrito apresenta uma sequência de calamidades que impressiona: gritos ecoando pela terra, sangue no rio, fome, invasões e colapso social. Para muitos estudiosos, a correspondência com os episódios do Êxodo é evidente.

No entanto, o texto tem um caráter poético e simbólico, e por isso pode não estar descrevendo fatos concretos, mas sim a dramatização literária de períodos de crise. Isso faz com que qualquer relação direta com a Bíblia seja vista como possibilidade, e não como certeza.

A antiguidade do papiro

A cópia do papiro data da XIX Dinastia, mas acredita-se que a versão original seja bem mais antiga. Se realmente tiver sido escrita próxima aos tempos narrados no Êxodo, ela poderia representar um testemunho externo a respeito de acontecimentos que marcaram o Egito.

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Contudo, essa suposição esbarra nas dificuldades de comprovar a autenticidade da versão mais antiga. Como o texto foi transmitido por meio de cópias, é provável que tenha sofrido modificações e adaptações literárias.

Aproximações com o Êxodo

O paralelo mais citado é o da água transformada em sangue, elemento presente tanto na Bíblia quanto no papiro. A fome, a morte e o colapso social também aparecem como pontos em comum entre os dois relatos.

 

Essas semelhanças despertam a curiosidade de pesquisadores e também alimentam discussões religiosas. Para muitos fiéis, o documento seria uma pista de que os episódios narrados no texto sagrado têm correspondência em fontes externas.

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Fragilidades na interpretação

Apesar da proximidade de alguns trechos, não se pode afirmar que o papiro seja uma prova direta do Êxodo. Sua linguagem é carregada de metáforas e expressões poéticas, o que compromete a leitura como relato histórico.

Além disso, há diferenças marcantes, como a referência a invasores estrangeiros, algo ausente na Bíblia. Por isso, os especialistas insistem que a obra deve ser vista como um registro literário de tempos de crise, e não como evidência irrefutável dos milagres atribuídos a Moisés.

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