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Máscara rara de 930 reais leiloada por 26 milhões despertou disputa diplomática entre França e Gabão

Venda de artefato tradicional do povo Fang causou debate sobre restituição de obras coloniais

Leonardo Siqueira

02/12/2025 às 23:30

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Especialistas do Musée du quai Branly afirmam que máscaras Ngil praticamente desapareceram após 1910

Especialistas do Musée du quai Branly afirmam que máscaras Ngil praticamente desapareceram após 1910 | Divulgação

Um casal de idosos de uma vila no sul da França vendeu por 150 euros (R$ 930) uma máscara africana encontrada por acaso no sótão durante uma limpeza de Páscoa em 2023.

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Meses depois, souberam que o comprador havia levado a peça a leilão em Montpellier, onde alcançou 4 milhões de euros (R$ 26 milhões). Convencidos de que foram enganados, processaram o comerciante para reaver parte do valor, mas perderam.

A Justiça concluiu que eles foram negligentes ao não buscar uma avaliação especializada antes da venda.

Gabão

A peça é uma máscara Ngil, do povo Fang, do Gabão, produzida no século XIX e considerada extremamente rara. Há cerca de dez exemplares conhecidos no mundo.

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O objeto teria sido adquirido na década de 1910 por René-Victor Edward Maurice Fournier, administrador colonial francês e avô de um dos autores da ação.

Esse caso ganhou dimensão diplomática quando o governo de transição do Gabão reivindicou a propriedade da máscara, classificando-a como um bem obtido em contexto colonial.

Presidente

A Justiça francesa rejeitou o pedido, afirmando que, à época da aquisição, o território era uma colônia oficial da França, o que, segundo os magistrados, descaracteriza a alegação de apropriação ilegal.

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Essa disputa chegou ao presidente Emmanuel Macron, que voltou a defender a restituição de parte do patrimônio africano preservado em coleções francesas.

Para o casal, porém, a decisão encerra qualquer chance de recuperar o valor milionário da peça que mantiveram por décadas sem saber o que tinham em mãos.

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