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Massa colossal de água com 12 bilhões de anos é descoberta flutuando no espaço profundo

Reserva hídrica maior que todos os oceanos da Terra orbita um quasar a mais de 12 bilhões de anos-luz e desafia o que sabemos sobre a origem da água no universo

Pedro Morani

27/11/2025 às 09:15  atualizado em 27/11/2025 às 12:07

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A mancha chamou muita atenção dos especialistas

A mancha chamou muita atenção dos especialistas | Freepik

Cientistas identificaram a maior e mais antiga massa de água já detectada no universo conhecido. A gigantesca nuvem tem cerca de 12 bilhões de anos e circunda um quasar extremamente energético, situado a mais de 12 bilhões de anos-luz da Terra.

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A descoberta foi feita por duas equipes independentes de astrônomos que analisavam regiões profundamente distantes do espaço
A descoberta foi feita por duas equipes independentes de astrônomos que analisavam regiões profundamente distantes do espaço
O quasar observado abriga um buraco negro supermassivo com cerca de 20 bilhões de vezes a massa do Sol (Fotos: Freepik)
O quasar observado abriga um buraco negro supermassivo com cerca de 20 bilhões de vezes a massa do Sol (Fotos: Freepik)

O volume impressiona: a reserva equivale a 140 trilhões de vezes toda a água dos oceanos do planeta e oferece pistas valiosas sobre a presença de água ainda nos primórdios do cosmos.

Uma descoberta que muda a escala do universo

A descoberta foi feita por duas equipes independentes de astrônomos que analisavam regiões profundamente distantes do espaço. Ao observar o quasar conhecido como APM 08279+5255, os cientistas detectaram assinaturas inconfundíveis de vapor d’água ao seu redor.

O que surpreendeu os pesquisadores não foi apenas a presença de água, mas a quantidade colossal. Segundo as estimativas, trata-se da maior reserva de água já observada em toda a história da astronomia, superando em escala qualquer outro registro no universo conhecido.

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As observações também funcionam como uma “janela no tempo”. Elas revelam como era o cosmos quando possuía apenas 1,6 bilhão de anos, uma fase muito jovem se comparada aos cerca de 13,8 bilhões de anos da idade atual do universo.

Água em um dos ambientes mais extremos já vistos

O quasar observado abriga um buraco negro supermassivo com cerca de 20 bilhões de vezes a massa do Sol. Esse tipo de objeto emite energia em níveis extremos, à medida que gás e poeira são sugados e aquecidos a temperaturas elevadíssimas.

Mesmo nesse ambiente violento, a água consegue existir em forma de vapor, sustentada pela intensa radiação gerada ao redor do buraco negro. Esse cenário extremo ajuda os cientistas a entender como moléculas complexas conseguem se formar e sobreviver em condições tão hostis.

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Segundo especialistas ligados à NASA, a descoberta mostra que a água já estava amplamente distribuída no universo muito antes da formação de muitas galáxias como a nossa, reforçando a ideia de que esse elemento é comum no cosmos.

O futuro das pesquisas e os desafios da observação

Até essa detecção, os astrônomos jamais haviam observado vapor d’água em uma região tão distante no início do universo. Na Via Láctea, a água também é comum, mas aparece majoritariamente congelada em forma de gelo interestelar.

Para avançar nessas investigações, os cientistas planejaram a construção do Fred Young Submillimeter Telescope, um enorme telescópio com 25 metros de diâmetro no Deserto do Atacama, no Chile, projetado para estudar o universo em comprimentos de onda milimétricos e submilimétricos.

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Apesar do grande potencial científico, o projeto acabou suspenso por falta de financiamento. Ainda assim, os dados já coletados seguem rendendo descobertas importantes e apontam que novas missões poderão revelar ainda mais “oceanos cósmicos” escondidos pelo espaço profundo.

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