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A ideia é econômica e sustentável | Reprodução/YouTube
O mecânico Alfredo Moser, radicado em Uberaba (MG) e nascido em Itajaí (SC), desenvolveu em 2002 uma solução simples e inovadora para levar iluminação natural a ambientes internos escuros.
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Utilizando uma garrafa PET preenchida com água e pequena quantidade de água sanitária, ele criou um sistema capaz de refratar a luz solar e distribuí-la de forma eficiente dentro de residências sem acesso regular à eletricidade.
A ideia surgiu durante o período de racionamento de energia no Brasil, quando muitas famílias enfrentavam apagões frequentes.
Segundo matéria do DW Brasil, a chamada “lâmpada de garrafa” passou a ser adotada em comunidades de baixa renda em diversos países, incluindo Filipinas, Índia e Tanzânia, alcançando dezenas de milhares de instalações, especialmente em telhados de moradias populares.
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A iniciativa inspirou o projeto Litro de Luz, movimento internacional que adapta e dissemina tecnologias de iluminação sustentável, promovendo economia doméstica e o reaproveitamento de materiais plásticos.
Alfredo Moser testou o conceito inicialmente em sua própria oficina, em Uberaba, ao perceber como a luz solar se espalhava quando atravessava uma garrafa PET cheia de água instalada no telhado.
Com ajustes sucessivos, ele constatou que o efeito luminoso obtido durante o dia era comparável ao de uma lâmpada elétrica comum acesa em ambientes pequenos, embora sem consumo de energia.
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A adição de água sanitária ao sistema foi fundamental para impedir a formação de algas e garantir a transparência da água ao longo do tempo.
Algumas das primeiras unidades instaladas pelo inventor continuam preservadas em sua antiga oficina, funcionando como registro prático da durabilidade da solução.
O sistema funciona por meio da refração da luz solar ao atravessar a água contida na garrafa PET, permitindo que a claridade se espalhe de forma uniforme pelo ambiente interno.
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A instalação é feita com o encaixe da garrafa no telhado, vedada com material plástico para evitar infiltrações.
A manutenção é mínima, sendo necessária apenas a reposição da água após alguns anos de uso, dependendo das condições climáticas e de exposição ao sol.
Essa aplicação simples de princípios ópticos transforma um material descartável em uma fonte eficiente de iluminação diurna para residências de baixa renda.
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A tecnologia criada por Moser foi replicada e adaptada por organizações sociais em diferentes países, especialmente por meio do projeto Litro de Luz, levando iluminação natural a comunidades em situação de vulnerabilidade.
Em regiões da Ásia, da África e da América Latina, a solução ajudou a reduzir o uso de fontes de luz poluentes durante o dia, como querosene e velas, além de estimular a capacitação de moradores locais para a instalação do sistema.
A invenção já foi apresentada em exposições, eventos e palestras sobre sustentabilidade, incluindo mostras no Brasil e no exterior, sendo reconhecida pelo seu baixo custo e alto impacto social.
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Alfredo Moser optou por não patentear a invenção, permitindo que a ideia fosse livremente reproduzida e adaptada conforme as necessidades de cada comunidade.
O uso da lâmpada de garrafa contribui para a redução do descarte de plásticos e para a disseminação de soluções acessíveis alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
O caso de Moser demonstra como uma iniciativa local, baseada em simplicidade e criatividade, pode gerar benefícios sociais em escala global.
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