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Desfecho dessa história é surpreendente | Imagem: Reprodução Globo Repórter
Você se considera uma pessoa honesta? Quanto custa sua honestidade? Se achasse um envelope com R$ 20 mil, você devolveria? Esses moradores de rua devolveram, e o destino deles mudou para sempre.
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A história surpreendente começou com um assalto a um restaurante japonês e a uma loja de ferragens, no bairro do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. Rejaniel de Jesus e sua esposa, Sandra Regina, acordaram embaixo do viaduto onde se abrigavam com o som de um alarme de segurança.
Era a loja de ferragens que havia sido invadida, mas os criminosos não levaram muita coisa de valor. Foi quando o casal estava se aproximando da loja que encontraram um saco de lixo e um malote cheios de dinheiro, provavelmente deixados pelos assaltantes.
Em depoimento ao Globo Repórter, Rejaniel conta que possuía apenas um real em sua posse quando achou o malote, com R$ 17 mil em notas, junto com um saco com 3 mil moedas de um real.
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Mesmo assim, o casal ligou para a delegacia para devolver o dinheiro, e o delegado logo desvendou o caso. O dinheiro pertencia a um restaurante japonês que foi assaltado na semana anterior.
Um dos proprietários do restaurante, Miguel Kikuchi, disse mal ter acreditado quando recebeu o telefonema da PM avisando que o dinheiro havia sido encontrado. “Pensei que era trote, é inimaginável que alguém faria uma coisa dessas”, afirmou o chef ao G1.
Miguel então conversou com os sócios para pensar uma maneira de recompensar os heróis em situação de rua. “Poderíamos dar metade do dinheiro, mas eles não sairiam da rua apenas com isso”, contou Kikuchi.
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Primeiro chamaram o casal para uma farta refeição no restaurante, com direito a bife e batata. Depois os sócios fizeram então a proposta: ou bancar uma viagem para o Maranhão ou para o Paraná, onde estão as famílias do casal, ou oferecer condições para que ambos saíssem da rua.
O casal topou a segunda opção: “Vou ganhar treinamento para me capacitar e aprender alguma coisa”, disse Rejaniel de Jesus “Da limpeza até a cozinha, posso trabalhar onde quiserem”. Rejaniel foi admitido como auxiliar de serviços gerais, e sua mulher, como auxiliar de cozinha.
Muito melhor que a condição anterior: o casal, que já estava na rua a três anos, catava material reciclável e tiravam, por mês, R$ 100. Com a capacitação oferecida por Kikuchi, puderam sair de vez de debaixo do viaduto. “Não quero voltar nunca mais para lá”, declarou Sandra.
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