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Discreta e simples, ela vive longe da mídia | Reprodução/Arquivo pessoal
Herdeira da L’Oréal e primeira mulher a ultrapassar a marca de US$ 100 bilhões, Françoise Bettencourt Meyers afirma viver quase “escondida” para ser feliz.
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Discreta e avessa à ostentação, ela desafia o estereótipo de bilionária cercada de mansões, joias e festas, mesmo liderando a lista das mulheres mais ricas do mundo.
Enquanto o patrimônio cresce impulsionado pelas ações da gigante de cosméticos, a francesa de 70 anos prefere rotina reservada, foco na família e pouca exposição pública.
Nascida em 1953, na França, Françoise é neta do fundador da L’Oréal, Eugène Schueller, e filha de Liliane Bettencourt, que já foi a mulher mais rica do país.
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Na infância, os pais a tiraram da escola e passaram a educá-la em casa, com medo de sequestro, o que ajudou a moldar seu perfil tímido e reservado diante da fama e do dinheiro.
Educada em ambiente religioso e tradicional, ela cresceu ouvindo mais sobre valores e ética do que sobre patrimônio, o que reforçou o distanciamento em relação à própria fortuna.
Em uma rara entrevista ao jornal francês Le Monde, Françoise afirmou que “na verdade, o dinheiro enlouquece as pessoas”, resumindo sua visão crítica sobre grandes fortunas.
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Ela conta que tinha consciência do privilégio, mas que nunca foi criada para adorar o dinheiro, e que em casa quase não se falava sobre isso, “uma palavra difícil de pronunciar”.
A herdeira reforça que prefere manter certa distância da própria riqueza para não perder a noção de normalidade, mesmo convivendo com cifras bilionárias ligadas à L’Oréal.
Desde o fim de 2023, Françoise passou a ser apontada por rankings financeiros como a primeira mulher do mundo a superar a marca de US$ 100 bilhões em patrimônio.
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O salto na fortuna veio com a valorização das ações da L’Oréal, que tiveram um dos melhores desempenhos em décadas e elevaram o valor de mercado da companhia.
Com isso, ela passou a figurar também entre as pessoas mais ricas do planeta, em listas que reúnem nomes da tecnologia, do varejo e de outros gigantes globais.
Apesar da fortuna, Françoise vive em um prédio moderno e discreto em Neuilly-sur-Seine, região nobre próxima a Paris, bem mais simples do que a mansão onde moravam seus pais.
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Ela evita grandes eventos sociais, prefere jantares ligados a compromissos profissionais e costuma circular sem chamar atenção, inclusive em caminhadas e corridas.
Reportagens europeias descrevem uma rotina centrada em família, livros, música e viagens tranquilas, longe de resorts badalados e da exposição típica do jet set internacional.
Enquanto a mãe Liliane ficou conhecida pelo estilo glamouroso e pela vida social intensa, Françoise se consolidou como uma figura mais introspectiva e ligada ao universo intelectual.
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Ela se dedica a atividades como literatura, música e projetos culturais, e já escreveu obras sobre temas religiosos e judaico-cristãos, longe do foco exclusivamente empresarial.
O envolvimento com a L’Oréal se dá principalmente nos bastidores, como acionista de referência e voz de confiança na condução de decisões estratégicas da família.
Nos últimos anos, Françoise se destacou também por grandes doações, como o compromisso de recursos para a reconstrução da Catedral de Notre-Dame, em Paris.
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As contribuições reforçam o discurso de que a fortuna deve ter função social, aproximando a imagem da família de causas culturais, históricas e de interesse público.
Esse movimento é visto como uma tentativa de equilibrar poder econômico e responsabilidade em um momento em que bilionários são cada vez mais cobrados por transparência.
O estilo de vida reservado de Françoise ajuda a reduzir riscos típicos de famílias muito ricas, como exposição excessiva, problemas de segurança e disputas em torno de heranças.
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Ao manter distância da cultura de ostentação, ela controla a narrativa sobre a própria imagem e abre poucas brechas para polêmicas, escândalos e curiosidade da imprensa.
Para a empresária, “viver escondida” significa proteger a rotina, a saúde mental e os vínculos mais próximos em meio a uma fortuna que poderia dominar todos os aspectos da vida.
A trajetória da herdeira da L’Oréal expõe um lado pouco visível da super-riqueza, em que fama e poder nem sempre se traduzem em liberdade e tranquilidade.
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Pesquisas sobre desigualdade e bem-estar apontam que, depois de certo patamar, acumular dinheiro não garante aumento proporcional de felicidade nem de qualidade de vida.
No caso de Françoise, a escolha por uma vida discreta mostra que, para alguns bilionários, preservar o anonimato pode ser a estratégia mais valiosa de todas.
Para entender por que a história de Françoise Bettencourt Meyers chama tanta atenção, vale destacar alguns fatos que ajudam a explicar seu perfil único entre os bilionários globais.
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Esses elementos reforçam o contraste entre o tamanho da fortuna e o desejo de passar quase despercebida, algo raro no universo das grandes celebridades financeiras.
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