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Mulher morre e só é achada 42 anos depois, com TV ainda ligada

O caso de Hedviga Golik revela o abandono extremo e a solidão silenciosa em plena capital da Croácia

Joseph Silva

09/06/2025 às 15:09  atualizado em 09/06/2025 às 15:23

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Caso aconteceu em 2008

Caso aconteceu em 2008 | Reprodução

Autoridades em Zagreb, Croácia, fizeram uma descoberta chocante: o corpo mummificado de uma mulher que, por estimativas, faleceu há 42 anos. O cenário, com a televisão ainda ligada e uma xícara de chá ao lado da cama, revelou um abandono quase inimaginável. As informações são do portal Correio 24h.

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Hedviga Golik, enfermeira nascida em 1924, foi encontrada em maio de 2008 em seu pequeno apartamento de 18 metros quadrados, no bairro de Medveščak. Sua longa ausência não gerou investigações maiores, mas a descoberta impactou a nação.

Este trágico caso de isolamento extremo levanta questões profundas sobre a vida em grandes cidades. A falta de laços comunitários pode levar a situações drásticas, como a de Hedviga Golik, tornando-a um símbolo.

Uma vida de reclusão e mistério

Hedviga vivia uma vida reclusa em seu modesto apartamento, mantendo um estilo de vida solitário e hábitos considerados excêntricos. Assim, seus vizinhos mantinham distância, acentuando ainda mais o isolamento da enfermeira croata.

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Ela evitava o contato social, chegando a usar um balde preso a uma corda para enviar sua lista de compras a vizinhos solícitos. Jamais saía de casa para adquiri-las pessoalmente, alimentando rumores e especulações.

Após seu desaparecimento, teorias surgiram: talvez tivesse ido morar com parentes ou se unido a uma seita religiosa. Contudo, a ausência prolongada não motivou maiores investigações por parte das autoridades competentes.

A descoberta chocante

A verdade sobre o destino de Hedviga Golik só veio à tona décadas depois, em maio de 2008, quando representantes do prédio decidiram iniciar reformas. O apartamento permanecia inacessível, sem resposta a notificações.

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Ao arrombarem a porta, uma cena congelada no tempo chocou a todos: a moradora jazia em sua cama, coberta por cobertores, com uma xícara de chá e a televisão ainda ligada. O ambiente permanecia praticamente intacto.

Teias de aranha cobriam o local, e sinais claros indicavam que ninguém mais havia entrado ali desde a morte de Hedviga. A autópsia não apontou a causa exata, mas indicou que o falecimento ocorreu durante uma estação fria.

Essa condição climática contribuiu para o processo de mumificação natural do corpo da enfermeira. O mistério de Hedviga Golik, em seu lar em Zagreb, finalmente foi desvendado após mais de quatro décadas de silêncio.

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As repercussões de um caso inusitado

Na época, o caso de Hedviga Golik teve ampla repercussão internacional, chocando o mundo e provocando debates. A solidão em grandes cidades ganhou destaque, com vários veículos de comunicação noticiando a história detalhadamente.

O jornal The Guardian apontou uma "omissão coletiva" que permitiu que a morte passasse despercebida por mais de quatro décadas. A publicação criticou vizinhos e autoridades pela falha evidente em agir.

Por outro lado, o Daily Telegraph levantou a questão dos pagamentos contínuos das contas de eletricidade do imóvel, revelando um detalhe surpreendente. O arquiteto responsável pela construção, falecido em 2005, ainda quitava as despesas.

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O alerta sobre o isolamento urbano

Já o New York Times utilizou o episódio como um "símbolo extremo do isolamento nas sociedades urbanas contemporâneas", evidenciando a gravidade da situação. A publicação refletiu sobre o crescente individualismo.

O caso de Hedviga Golik serve, portanto, como um alerta contundente sobre as consequências do afastamento social e a invisibilidade de indivíduos nas metrópoles. É um lembrete da importância da conexão e da atenção ao próximo.

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