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Relatórios indicam que futuro do planeta depende de ações inteligentes de governos mundiais | Freepik
Más notícias sobre o clima têm se espalhado por todos os lados. A África, em especial, vem sofrendo bastante com os efeitos das mudanças climáticas e com fenômenos extremos, o que prejudica tanto a vida das pessoas quanto suas fontes de sustento.
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A COP30, conferência global anual sobre o clima, acontecerá em breve. Para este evento, todos os 197 países que fazem parte da ONU devem enviar seus planos nacionais atualizados para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Esses documentos mostram como cada nação pretende reduzir suas emissões de gases que causam o efeito estufa, seguindo as metas do Acordo de Paris, um tratado internacional que obriga os países a trabalharem juntos para limitar o aquecimento global.
Um problema comum nas COPs é os países não entregarem seus planos ou entregarem após o prazo definido anteriormente.
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Essas contribuições são fundamentais para definir as metas de curto e médio prazo no combate às mudanças climáticas. Se bem alinhadas com os objetivos de desenvolvimento, essas medidas poderiam tirar 175 milhões de pessoas da pobreza.
Mesmo assim, entre todos os planos entregues para a COP30, só o do Reino Unido está realmente de acordo com as metas do Acordo de Paris.
O relatório anual Indicadores de Mudanças Climáticas Globais é um artigo que se baseia em cálculos das emissões líquidas de gases de efeito estufa em todo o mundo, como estes se concentram na atmosfera e como as temperaturas estão subindo na Terra.
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O relatório também analisa as temperaturas extremas e a intensidade das chuvas, o quanto os níveis do mar estão subindo e a quantidade de dióxido de carbono que ainda pode ser emitido antes que a temperatura do planeta exceda 1,5°C a mais do que era na era pré-industrial.
Manter-se dentro de 1,5°C é necessário para evitar os piores impactos das mudanças climáticas.
De acordo com o relatório, o aquecimento global causado pelo homem atingiu 1,36°C em 2024. Isso elevou as temperaturas médias globais para 1,52°C. Ou seja, o mundo já atingiu o nível em que não consegue evitar impactos significativos das mudanças climáticas.
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Para que os países consigam elaborar planos climáticos eficazes e atualizados, é essencial que tenham acesso rápido a dados confiáveis sobre o clima.
Um ponto central é que os países mais ricos, que historicamente emitiram mais gases de efeito estufa, devem liderar com ações ambiciosas para reduzir emissões e também apoiar financeiramente os países em desenvolvimento.
Até 2025, apenas cinco integrantes do G20 (Canadá, Brasil, Japão, Estados Unidos e Reino Unido) entregaram suas metas para 2035. No entanto, o G20 responde por cerca de 80% das emissões do planeta.
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Outro ponto preocupante é que apenas 10 dos planos entregues para a COP30 reforçaram de forma clara o compromisso de abandonar os combustíveis fósseis. Os outros países não se comprometeram a este abandono.
A expectativa internacional é que os próximos passos da União Europeia, China e Índia sejam decisivos para avaliar sua liderança no combate às mudanças climáticas e manter as metas de temperatura ao alcance.
Espera-se que esses e outros países apresentem propostas mais ambiciosas e sólidas antes da COP30. Se isso acontecer, o mundo poderá enfim começar a transformar a consciência sobre a crise climática em ações concretas e efetivas.
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