A+

A-

Alternar Contraste

Sexta, 30 Maio 2025

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta Gazeta Mais Seta

Curiosidades

Música faz bem até para os bebês: estudo mostra benefícios para saúde e desenvolvimento

Pesquisa internacional revela que ouvir música desde a gestação melhora o sono, reduz o estresse e estimula o desenvolvimento emocional e cognitivo dos bebês

Raphael Miras

29/05/2025 às 19:55

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
No estudo, os bebês apresentaram menos estresse e mais disposição, além de um ótimo estado geral

No estudo, os bebês apresentaram menos estresse e mais disposição, além de um ótimo estado geral | Freepik

Cantar para um bebê vai muito além de um simples gesto de carinho, ela ajuda e traz impactos surpreendentes para o desenvolvimento físico, emocional e cognitivo.

Continua depois da publicidade

Segundo um estudo internacional, conduzido por cientistas das universidades de Auckland (Nova Zelândia), Yale (EUA) e Amsterdã (Holanda), 110 bebês de quatro meses e seus cuidadores foram acompanhados. O resultado? Foi de arrepiar.

Durante quatro semanas, os bebês ouviram música três vezes ao dia, seguidas por mais seis semanas de acompanhamento.

Com isso, os nenéns passaram a apresentar melhores níveis de saturação de oxigênio, sono mais tranquilo, menos estresse, mais facilidade na interação com adultos e bom humor.

Continua depois da publicidade

Segundo os pesquisadores, a música também atua diretamente na estrutura cerebral. Ela fortalece o corpo caloso — região que conecta os dois hemisférios do cérebro — favorecendo a regulação emocional, o comportamento e o desenvolvimento cognitivo.

Música que transforma vidas

Segundo a pediatra neonatologista Marta Rocha, do Hospital Santa Lúcia e do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) para o portal Correio Braziliense, explica que os efeitos da música começam antes mesmo do nascimento. 

“A exposição à música, mesmo antes do bebê nascer, já exerce uma influência significativa no desenvolvimento cerebral. A música não é apenas entretenimento; ela funciona como um poderoso estímulo para o cérebro em formação”, afirma.

Continua depois da publicidade

Ainda segundo Marta, o som ativa especialmente o hemisfério direito do cérebro, ligado às emoções, e ajuda o bebê a desenvolver sensibilidade e expressar sentimentos, mesmo antes de aprender a falar.

Música é afeto

Para o pediatra Osni Amaro Júnior, do Hospital Anchieta Ceilândia, inserir a música no cotidiano desde a primeira infância traz benefícios para toda a vida. 

“Crescer em um ambiente harmonioso, com música, ajuda a criança a desenvolver mais serenidade para enfrentar os desafios do futuro”, explica. 

Continua depois da publicidade

Ele ainda reforça que o mais importante não é o estilo musical, mas a harmonia e o bem-estar que ele gera no ambiente familiar.

A pediatra Marta Rocha concorda e acrescenta que não existe um gênero específico que seja mais eficaz. 

“O bebê responde muito mais às qualidades do som — ritmo, melodia, harmonia e timbre — e ao contexto emocional em que a música é apresentada. A voz cantada dos pais tem um efeito muito forte e positivo”, ressalta. 

Continua depois da publicidade

Ela lembra até de um exemplo curioso: “O forró do Falamansa tem uma batida que reverbera como o som do coração e acalma muitos bebês. É como um milagre quando eles param de chorar”.

Cante, mesmo sem afinação

Médico e músico, o pediatra Carlos Araújo, do Hospital Santa Lúcia, reforça que não é preciso ser afinado para usar a música como ferramenta de cuidado. 

“Muitos pais têm vergonha de conversar ou cantar para seus filhos na barriga. Isso não faz sentido. Música para dormir, para acordar, para tomar banho... tudo isso cria memórias afetivas e fortalece os vínculos. 
Não é necessário seguir uma regra rígida. O ideal é que a família escolha uma trilha sonora que tenha significado para ela”, aconselha.

Continua depois da publicidade

Ele também pondera que, apesar de haver estudos que associam a música clássica a estímulos cerebrais benéficos, isso não deve ser uma regra imposta. 

“Se não faz parte da rotina da família, não adianta forçar. O que importa é o clima afetivo que a música gera.”

Especialista responde

Ana Ferreira, fisioterapeuta da UTI Neonatal e Pediátrica do Hospital Anchieta Taguatinga, também defende o uso da música como aliada no desenvolvimento dos bebês. 

Continua depois da publicidade

“O primeiro som que o bebê escuta ainda no útero é o batimento cardíaco da mãe, além da voz dos pais. Esses sons trazem calma e segurança”, explica.

Ela recomenda que os pais criem momentos musicais únicos.

“Pode ser com a voz, com instrumentos ou até playlists. A música tem o poder de ficar gravada na memória de longo prazo. Há estudos que mostram que o bebê reconhece músicas que ouviu ainda na barriga.”

Continua depois da publicidade

Quanto ao estilo, Ana reforça que músicas calmas, com melodias lentas e repetitivas, são as mais indicadas. 

Ela cita música clássica (Mozart, Bach e Vivaldi), canções de ninar, cantigas de roda e MPB suave como ótimas opções.

Benefícios comprovados

O estudo reforça algo que muitos pais, avós e cuidadores já intuíram ao longo das gerações: a música tem um efeito poderoso na vida dos bebês. 

Continua depois da publicidade

Seja um forrozinho, uma cantiga de roda, uma música clássica ou simplesmente a voz carinhosa dos pais, o que importa é criar um ambiente sonoro que estimule, acalme e encha de amor os primeiros dias de vida.

*Fonte: Correio Braziliense 

Segundo a pediatra neonatologista Marta Rocha, do Hospital Santa Lúcia e do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) para o portal Correio Braziliense, explica que os efeitos da música começam antes mesmo do nascimento. 
Segundo a pediatra neonatologista Marta Rocha, do Hospital Santa Lúcia e do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) para o portal Correio Braziliense, explica que os efeitos da música começam antes mesmo do nascimento. 
Ainda segundo Marta, o som ativa especialmente o hemisfério direito do cérebro, ligado às emoções, e ajuda o bebê a desenvolver sensibilidade e expressar sentimentos, mesmo antes de aprender a falar.
Ainda segundo Marta, o som ativa especialmente o hemisfério direito do cérebro, ligado às emoções, e ajuda o bebê a desenvolver sensibilidade e expressar sentimentos, mesmo antes de aprender a falar.
O estudo reforça algo que muitos pais, avós e cuidadores já intuíram ao longo das gerações: a música tem um efeito poderoso na vida dos bebês. (Fotos: Freepik)
O estudo reforça algo que muitos pais, avós e cuidadores já intuíram ao longo das gerações: a música tem um efeito poderoso na vida dos bebês. (Fotos: Freepik)

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados