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Nada de lerdeza: essas preguiças eram 57 vezes maiores que as comuns e eram super ágeis

Pesquisadores da USP estudam com detalhes a evolução e extinção das preguiças gigantes

Jenny Perossi

26/05/2025 às 17:00

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Preguiças gigantes poderiam ter essa aparência.

Preguiças gigantes poderiam ter essa aparência. | Imagem gerada por inteligência artificial

Hoje em dia bichos-preguiça são animais bem lerdos, como o próprio nome indica, e não passam de sete quilos. No passado, contudo, esses animais podiam ser gigantescos, pesando até 400 quilos, e eram muito diversos.

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A informação vem de pesquisadores da Universidade de São Paulo, onde fósseis inteiros de preguiças-gigantes foram catalogados em 2024.

A fofa preguiça que conhecemos hoje é bem menor que seus antepassados. Imagem: Stefan Laube/Wikimedia Commons
A fofa preguiça que conhecemos hoje é bem menor que seus antepassados. Imagem: Stefan Laube/Wikimedia Commons
Fósseis de preguiça gigante é matéria de estudo para paleontólogos sul-americanos. Imagem: Wilfredo Rafael/Wikimedia Commons
Fósseis de preguiça gigante é matéria de estudo para paleontólogos sul-americanos. Imagem: Wilfredo Rafael/Wikimedia Commons
Carapaça de preguiças-gigantes eram utilizadas por seres humanos pré-históricos. Imagem: André Ganzarolli Martins/Wikimedia Commons
Carapaça de preguiças-gigantes eram utilizadas por seres humanos pré-históricos. Imagem: André Ganzarolli Martins/Wikimedia Commons
Preguiças gigantes poderiam ter essa aparência. Imagem gerada por inteligência artificial
Preguiças gigantes poderiam ter essa aparência. Imagem gerada por inteligência artificial

Entenda agora sobre esse grupo tão diverso de animais, que habitavam toda a América do Sul, e saiba porque eles foram extintos, e só sobrou o bicho-preguiça lerdinho que conhecemos.

Grupo amplo

As preguiças são animais típicos da América do Sul, e o nome na verdade se refere a uma grande variedade de espécies, a maior parte delas já extinta.

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“Se pudéssemos voltar no tempo, encontraríamos muitas espécies de grande porte vagando pelas Américas, algumas com peso ultrapassando várias toneladas” afirmam pesquisadores de um estudo publicado na revista Science. 

O estudo revela que a diversidade de tamanhos desses animais pré-históricos foi moldada por fatores principalmente ambientais, mas quando os seres humanos começaram a se espalhar pelas Américas, as preguiças começaram a desaparecer.

“Foram muitos percalços para, mais recentemente, vermos a diminuição abrupta da diversidade que acontece concomitantemente com a chegada do ser humano ao continente”, afirma Daniel Casali, um dos autores do artigo, ao Jornal da USP

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As preguiças e os humanos

Houve um embate no meio científico sobre se esses animais gigantes foram extintos por mãos humanas ou não. Hoje, pesquisadores entendem que o sumiço das preguiças-gigante foram causados não só pelos hominídeos, mas também por outros fatores.

“A gente entende que é uma somatória de fatores, mas quando chegamos ao Pleistoceno – quando há uma extinção em massa dessas formas gigantes -, o clima sozinho já não explica. Precisamos considerar o fator humano”, explica Casali.

A árvore evolutiva desses imensos animais começa, até onde sabemos, 35 mil anos atrás, idade do fóssil mais antigo encontrado nas Américas. A partir dele, os cientistas fizeram um mapeamento de tamanho, característica e também juntaram dados do clima em que viviam.

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Os dados evolutivos indicam que enquanto as preguiças terrestres, que eram de maior tamanho, foram desaparecendo com a caça humana, enquanto as que viviam em árvores foram diminuindo de tamanho com o passar das gerações.

Paleontólogos chegaram inclusive a achar artefatos pré-históricos usados por seres humanos com osteodermos, carapaça que serve como “armadura” de preguiça.

A história das preguiças mostra que tamanho não é documento, mas nos conta também como nós humanos somos capazes de moldar a biodiversidade ao nosso redor. Agora basta entender: o que o ser humano moderno quer é reduzir o número de espécies, ou preservá-las?

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