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Para evitar que as baratas não se proliferem, é importante antes de se livrar delas, evitar que elas cheguem até sua casa | Picas Joe/Pexels
Uma das visitas mais indesejadas de toda dona ou dono de casa, as baratas causam medo e repulsa em muita gente. Para quem não optar por fugir, a reação natural é a de tentar matá-las, seja pisando ou usando algum objeto como arma.
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Segundo a OMS, entretanto, esta prática não é saudável, colocando a saúde em risco, principalmente se for feita dentro de casa.
Dessa forma, as pessoas no recinto acabam expostas a um ambiente menos saudável do que o comum.
Mestre em entomologia (a ciência que estuda os insetos), José Moacir Ferreira Ribeiro afirmou que, ao esmagar uma barata, uma quantidade grande de bactérias, fungos, vírus e outros microrganismos acaba liberada, sendo ainda pior se isso for feito dentro de casa.
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Ainda segundo ele, alguns estudos associam o processo a doenças como tuberculose, poliomielite, febre tifoide, conjuntivite, pneumonia, hepatite A e até lepra.
O inseticida também pode ser uma substância prejudicial à saúde de quem o manuseia, seja pela inalação ou pelo contato.
Além disso, a substância não impede que a barata morta acabe por liberar contaminantes para o ambiente. O processo ocorre da mesma forma, apenas em uma velocidade mais lenta.
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O especialista orientou que o inseto seja capturado com um papel e morra apenas fora de casa, sendo jogado no lixo após a morte.
Devido ao nojo ou receio de muitas pessoas, este método acaba ficando longe de poder ser cumprido. Portanto, há outras formas saudáveis de se livrar do inseto:
Segundo Ribeiro, mesmo com essas alternativas, o risco de contaminação ainda existe, mas acaba reduzido consideravelmente.
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"Em todos os casos a liberação de microrganismos será mais lenta, diferente de quando você esmaga a barata, o que libera os contaminantes de forma mais imediata. O ideal é que, após fazer uso de alguma delas, você descarte logo o inseto morto", afirmou o especialista.
Para evitar que as baratas não se proliferem, é importante antes de se livrar delas, evitar que elas cheguem até sua casa, mesmo que seja quase impossível ter essa tarefa 100% cumprida.
Como forma de evitar, é importante deixar os ambientes sempre da maneira mais limpa possível, além dos restos de alimentos não ficarem expostos.
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"As baratas têm a capacidade de perceber, através das antenas, se há alimento nas proximidades. Elas são noturnas e sentem lá no bueiro o cheiro da comida, saindo à noite para ir atrás dela", disse Ribeiro.
A presença de uma barata, nem sempre simboliza sujeira ou descuido, visto que elas estão presentes em praticamente todos os lugares do mundo.
Estima-se que existam quatro mil espécies desse inseto ao redor do planeta, com o Brasil abrigando cerca de 700. A maioria delas vive na floresta e não representa risco para a saúde das pessoas porque não tem contato com agentes contaminantes.
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A espécie mais comum no Brasil se chama periplaneta americana. Também conhecida como barata vermelha, de esgoto ou doméstica, é a que é mais comumente encontrada nas residências.
Com novas construções e ambientes cada vez mais urbanos nas cidades grandes, algumas espécies passaram a migrar para as habitações dos humanos, por considerarem que é um ambiente mais propício para permanecer e se reproduzir, tendo lugares úmidos e alimento à disposição.
"Essas baratas se adaptaram muito bem às cidades, se refugiando em esgotos, bueiros, lixeiras e fossas sanitárias. Por conviverem com o homem, elas acabaram se adaptando também aos hábitos humanos, encontrando alimento à disposição", diz Ribeiro.
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