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O avanço da NASA abre caminho para uma internet espacial mais rápida e eficiente | Reprodução/Youtube
A NASA alcançou um marco histórico ao enviar uma mensagem por meio de um feixe de laser a quase 16 milhões de quilômetros da Terra, o equivalente a 10 milhões de milhas.
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A distância é cerca de 40 vezes maior do que a que separa nosso planeta da Lua, marcando a primeira vez que uma comunicação óptica é realizada nessa escala.
Tradicionalmente, comunicações espaciais utilizam ondas de rádio, mas a agência norte-americana está apostando em frequências de luz mais altas, como o infravermelho próximo, que permitem maior largura de banda e transmissões de dados mais rápidas.
Essa tecnologia pode ser essencial no futuro para permitir o envio e o recebimento de vídeos em alta definição de Marte, com menor atraso e maior estabilidade.
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O teste faz parte do experimento Deep Space Optical Communications (DSOC), ou Comunicações Ópticas no Espaço Profundo, da NASA.
O sucesso da transmissão marcou o que os cientistas chamam de “primeira luz”, o primeiro contato óptico bem-sucedido entre a espaçonave e a Terra.
Trudy Kortes, diretora de Demonstrações de Tecnologia na sede da NASA, falou sobre a inovação em comunicado da NASA à imprensa.
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“Obter a primeira luz é um dos muitos marcos críticos do DSOC nos próximos meses, abrindo caminho para comunicações de dados de maior velocidade, capazes de enviar informações científicas, imagens de alta definição e vídeos em streaming, apoiando o próximo grande salto da humanidade”, revelou.
Na Terra, tecnologias semelhantes já são usadas em fibras ópticas para comunicações de alta velocidade. No espaço, a NASA adaptou o conceito para superar os limites das ondas de rádio.
O feixe de luz infravermelha é emitido em forma de laser, o que não altera sua velocidade, mas concentra o sinal em um canal estreito. Isso reduz o consumo de energia e dificulta a interceptação dos dados.
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O processo, no entanto, é extremamente complexo. Os dados são codificados nos fótons do laser e exigem equipamentos avançados, como detectores supercondutores de alta eficiência, para preparar, enviar e decodificar as informações.
Outro desafio é o alinhamento em tempo real. Durante o teste, os fótons levaram cerca de 50 segundos para percorrer o trajeto entre a espaçonave e o telescópio na Terra, enquanto ambos se moviam continuamente pelo espaço.
O transmissor-receptor a laser utilizado está a bordo da espaçonave Psyche, que participa de uma missão de demonstração tecnológica de dois anos.
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Ela está viajando em direção ao cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter e estabeleceu contato com o Telescópio Hale, localizado no Observatório Palomar, na Califórnia.
A Psyche ainda passará nas proximidades de Marte, e novos testes continuarão sendo realizados para aprimorar a estabilidade e a confiabilidade da comunicação a laser em infravermelho próximo.
De acordo com Meera Srinivasan, líder de operações do DSOC no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA “foi um desafio formidável e ainda temos muito trabalho pela frente, mas, por um curto período, conseguimos transmitir, receber e decodificar alguns dados”.
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O experimento representa um avanço decisivo rumo a um sistema de comunicação espacial mais rápido, seguro e eficiente, que pode futuramente interligar planetas e sondas como uma verdadeira internet interplanetária.
A NASA tem liderado a inovação no âmbito espacial; recentemente, uma das sondas da agência atingiu uma velocidade recorde em viagem na direção do sol.
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