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Gerações novas preferem nomes mais únicos e modernos | Freepik
O IBGE divulgou os dados do Censo de 2022 sobre os nomes mais comuns do Brasil, e o levantamento revelou mais do que os campeões de popularidade.
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Ele também trouxe à tona uma tendência silenciosa, mas significativa: o desaparecimento gradual de nomes masculinos que, por décadas, foram escolhas quase automáticas entre pais e mães ao registrar seus filhos.
Durante os anos 1980 e 1990, nomes como Everaldo, Osvaldo, Genival, Cláudio e Valdemar estavam por toda parte em salas de aula, certidões de nascimento, batismos e até documentos oficiais. Hoje, no entanto, eles se tornaram raros.
Esses nomes, que um dia representaram prestígio, seriedade e tradição, estão sendo substituídos por opções consideradas mais modernas, curtas e com sonoridade internacional.
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De acordo com especialistas, essa mudança reflete uma combinação de fatores: transformações culturais, influência da mídia e o desejo dos pais por nomes únicos ou mais atuais.
Além disso, existe um aspecto geracional forte; nomes como Osvaldo ou Genival são hoje associados a figuras paternas e avôs, o que faz muitos evitarem repeti-los, mesmo quando têm valor afetivo ou histórico dentro da família.
Apesar do sumiço de muitos clássicos, alguns resistem firmemente à passagem do tempo. O Censo mostra que Maria e José continuam liderando o ranking nacional, com mais de 12 milhões e 5 milhões de registros, respectivamente.
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Isso indica que, embora diversas denominações tenham perdido força, certos nomes mantêm uma ligação cultural profunda com o país e seguem sendo passados de geração em geração.
Entre os nomes masculinos que permanecem entre os mais populares estão João, Antônio, Francisco, Pedro e Carlos, que continuam aparecendo com destaque nas certidões de nascimento.
Além de analisar as tradições que permanecem, o levantamento do IBGE mostra também uma renovação clara nos nomes mais registrados atualmente. Lucas, Gabriel, Miguel e Davi são alguns dos preferidos entre os brasileiros nos últimos anos.
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Um exemplo simbólico dessa transformação é o nome Gabriel, que não aparecia no top 10 em 2010, mas agora figura entre os primeiros colocados, refletindo a mudança no gosto dos pais.
O estudo avaliou mais de 128 mil nomes próprios usados no país e, pela primeira vez, trouxe dados detalhados sobre cerca de 195 mil sobrenomes.
Mais do que uma simples lista, o levantamento do Censo 2022 mostra como as transformações sociais, culturais e midiáticas influenciam diretamente o modo como as famílias brasileiras escolhem nomear seus filhos, substituindo antigos clássicos por novas tendências que refletem o espírito de cada época.
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