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Com o sucesso dos videogames, floresceu um mercado vibrante e criativo: o dos clones e das marcas de consoles alternativas | Reprodução/YouTube VemDeRetro
Para muitos brasileiros, a experiência de jogar videogame pela primeira vez não veio com um Nintendo ou Sega originais, mas com aparelhos de nomes curiosos, design familiar e uma capacidade impressionante de rodar os jogos mais desejados da época.
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Muitos destes consoles eram até brasileiros, com clones que permitiram que nos dias atuais a sensação de nostalgia atinja o coração de cada um.
Inseridos no mercado como opções alternativas, estas marcas deixaram o mercado. Abaixo, entenda um pouco do que aconteceu.
No fim dos anos 1980 e início dos 1990, ter um console de videogame era o sonho de consumo de muitas crianças e adolescentes brasileiros. No entanto, a realidade financeira de muitas famílias tornava os aparelhos de marcas famosas como Nintendo e Sega itens de luxo, acessíveis para poucos.
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Foi nesse cenário que floresceu um mercado vibrante e criativo: o dos clones e das marcas de videogames alternativas.
Empresas brasileiras e importadores viram uma oportunidade de ouro, trazendo ou montando aqui consoles "compatíveis" com os cartuchos dos sistemas mais cobiçados, especialmente o NES (Nintendo Entertainment System), carinhosamente apelidado de "Nintendinho".
Surgiram nomes como Dynavision, Phantom System, Bit System, Super Charger, entre muitos outros. Cada um com seu design, às vezes imitando o original, às vezes buscando uma identidade própria. Mais tarde surgiu o "Polystation", em 1997, com unidades atualizadas até a atualidade.
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Uma grande vantagem destes "clones" é que eles eram significativamente mais baratos que os importados, permitindo que uma parcela maior da população tivesse acesso ao mundo dos games.
Graças à compatibilidade, rodavam uma imensa biblioteca de jogos, muitas vezes em cartuchos também "alternativos", com múltiplas opções em um só.
Esses aparelhos não eram apenas cópias; para muitos, foram a porta de entrada para universos incríveis como os de Mario, Zelda e Metroid, mesmo que o logo estampado no console fosse outro.
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O reinado dessas marcas de videogames alternativas, apesar de surgir muito promissor, não durou para sempre.
Diversos fatores contribuíram para o declínio e eventual desaparecimento da maioria desses aparelhos do mercado brasileiro, transformando-os em peças de nostalgia.
Nos anos 1990, a economia brasileira se estabilizou e o mercado se abriu para importações. As fabricantes originais, como Nintendo e Sega (esta última por meio de uma forte parceria com a TecToy, que trouxe Master System e Mega Drive oficialmente e com grande sucesso), começaram a atuar de forma mais incisiva no País.
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O avanço tecnológico também foi crucial. A transição dos 8 para os 16 bits, e depois para os consoles com CD-ROM como o PlayStation, tornou a engenharia reversa e a clonagem mais complexas e caras. Os "Famiclones" (clones do Famicom/NES) perderam apelo diante da nova geração.
Além disso, houve um esforço maior para combater a pirataria de hardware e software, o que dificultou a vida dos fabricantes de clones não licenciados. Afinal, os clones estavam plagiando os conteúdos originais, o que não era legalizado.
Com mais acesso à informação e produtos originais, o consumidor começou a valorizar mais a marca e a garantia oficial.
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Assim, muitas dessas marcas de videogames que um dia foram onipresentes em lojas de departamento e eletrônicos foram, aos poucos, sumindo, deixando para trás um legado de diversão e muitas histórias.
O impacto desses aparelhos na cultura gamer brasileira existe e vai muito além da simples jogatina. Para uma geração inteira, esses consoles foram o primeiro contato com o mundo dos jogos eletrônicos, moldando gostos e criando memórias afetivas pioneiras.
Graças a eles, muitas pessoas, de diferentes classes sociais, puderam experimentar a magia dos games, algo que talvez não fosse possível com os preços dos originais.
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Hoje, esses aparelhos são buscados e preservados por colecionadores e entusiastas da cultura retrô. Encontros, feiras e comunidades online celebram a história desses "símbolos" do passado.
Mesmo longe do sucesso de vendas e das prateleiras, eles continuam vivos nas boas lembranças e nas coleções de quem vivenciou aquela época dourada e um tanto quanto "alternativa" dos videogames no Brasil.
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