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Moeda com erro de "reverso invertido" teve cerca 25milhões de produções, considerada rara | Divulgação
Uma moeda de R$ 1 com erro de cunhagem da série comemorativa dos Jogos Olímpicos Rio 2016 tem movimentado o mercado de numismática. Em alguns casos, colecionadores oferecem até R$ 500 pela peça.
O valor elevado se deve à presença de uma falha discreta na fabricação, que passou despercebida pela maioria dos brasileiros à época da sua circulação.
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Lançada pelo Banco Central como parte de uma série de moedas temáticas entre 2014 e 2016, a coleção homenageou diferentes esportes olímpicos e paralímpicos.
Cada moeda de R$ 1 dessa linha, possui um esporte estampado no verso. Entre elas, a que representa o futebol se destaca por apresentar uma anomalia rara: a chamada “data na perna”.
O defeito ocorre quando a data de fabricação, que normalmente aparece na base da moeda, surge de forma parcialmente marcada sobre a perna da figura do jogador. Embora o erro seja mínimo, ele é suficiente para diferenciar a peça no universo da numismática.
Segundo especialistas consultados pelo portal Moedas Valiosas, a presença de erros como este pode multiplicar o valor da moeda em até 500 vezes, dependendo do estado de conservação.
Peças que nunca circularam e permanecem sem marcas de uso — classificadas como "Flor de Cunho" — são ainda mais valorizadas. Em fóruns especializados, relatos de propostas entre R$ 300 e R$ 500 se tornaram comuns.
Além da "data na perna", outras falhas de cunhagem também despertam interesse.
Entre elas estão o reverso invertido (quando o lado com a imagem está de cabeça para baixo em relação ao anverso) e o núcleo deslocado, que acontece quando o disco central não se alinha corretamente com o aro externo dourado.
A procura por moedas raras tem crescido nos últimos anos, impulsionada por vídeos em redes sociais e sites especializados. Contudo, especialistas recomendam cautela. Nem toda moeda comemorativa possui valor elevado.
O diferencial está na escassez da peça, no erro de fabricação e na qualidade de conservação.
“Uma moeda só adquire valor significativo se estiver em perfeito estado e apresentar características únicas. A simples presença do tema olímpico, por si só, não a torna rara”, explica Paulo Lemos, comerciante numismático com mais de 20 anos de atuação em São Paulo.
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O Banco Central, responsável pela emissão das moedas, não confirma oficialmente a existência de erros de cunhagem, mas reconhece que falhas pontuais podem ocorrer em processos industriais.
A instituição também não realiza avaliação de valor para o mercado de colecionadores.
Para quem deseja vender uma moeda rara, especialistas recomendam buscar leilões numismáticos, comerciantes certificados ou plataformas de venda especializadas.
Sites como Mercado Livre, OLX e grupos de Facebook dedicados ao tema reúnem milhares de entusiastas, mas exigem atenção para evitar fraudes ou avaliações imprecisas.
Enquanto muitos descartam moedas como simples troco, outros encontram nelas uma oportunidade rara.
Em tempos de alta procura e desinformação, a recomendação é clara: antes de vender, avalie com calma. Você pode estar carregando no bolso um item valioso e nem se deu conta.
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