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O erro invisível que transformou uma moeda de R$ 1 em peça de R$ 500

Edição comemorativa possui erro discreto de impressão que pode multiplicar o valor da moeda

Leonardo Siqueira

03/07/2025 às 17:41

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Moeda com erro de "reverso invertido" teve cerca 25milhões de produções, considerada rara

Moeda com erro de "reverso invertido" teve cerca 25milhões de produções, considerada rara | Divulgação

Uma moeda de R$ 1 com erro de cunhagem da série comemorativa dos Jogos Olímpicos Rio 2016 tem movimentado o mercado de numismática. Em alguns casos, colecionadores oferecem até R$ 500 pela peça. 

O valor elevado se deve à presença de uma falha discreta na fabricação, que passou despercebida pela maioria dos brasileiros à época da sua circulação.

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Coleção exclusiva

Lançada pelo Banco Central como parte de uma série de moedas temáticas entre 2014 e 2016, a coleção homenageou diferentes esportes olímpicos e paralímpicos. 

Cada moeda  de R$ 1 dessa linha, possui um esporte estampado no verso. Entre elas, a que representa o futebol se destaca por apresentar uma anomalia rara: a chamada “data na perna”.

O defeito ocorre quando a data de fabricação, que normalmente aparece na base da moeda, surge de forma parcialmente marcada sobre a perna da figura do jogador. Embora o erro seja mínimo, ele é suficiente para diferenciar a peça no universo da numismática.

Segundo especialistas consultados pelo portal Moedas Valiosas, a presença de erros como este pode multiplicar o valor da moeda em até 500 vezes, dependendo do estado de conservação.

Peças que nunca circularam e permanecem sem marcas de uso — classificadas como "Flor de Cunho" — são ainda mais valorizadas. Em fóruns especializados, relatos de propostas entre R$ 300 e R$ 500 se tornaram comuns.

Outras falhas

Além da "data na perna", outras falhas de cunhagem também despertam interesse.

Entre elas estão o reverso invertido (quando o lado com a imagem está de cabeça para baixo em relação ao anverso) e o núcleo deslocado, que acontece quando o disco central não se alinha corretamente com o aro externo dourado.

A procura por moedas raras tem crescido nos últimos anos, impulsionada por vídeos em redes sociais e sites especializados. Contudo, especialistas recomendam cautela. Nem toda moeda comemorativa possui valor elevado.
 
O diferencial está na escassez da peça, no erro de fabricação e na qualidade de conservação.

“Uma moeda só adquire valor significativo se estiver em perfeito estado e apresentar características únicas. A simples presença do tema olímpico, por si só, não a torna rara”, explica Paulo Lemos, comerciante numismático com mais de 20 anos de atuação em São Paulo.

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Como vender

O Banco Central, responsável pela emissão das moedas, não confirma oficialmente a existência de erros de cunhagem, mas reconhece que falhas pontuais podem ocorrer em processos industriais. 

A instituição também não realiza avaliação de valor para o mercado de colecionadores.

Para quem deseja vender uma moeda rara, especialistas recomendam buscar leilões numismáticos, comerciantes certificados ou plataformas de venda especializadas. 

Sites como Mercado Livre, OLX e grupos de Facebook dedicados ao tema reúnem milhares de entusiastas, mas exigem atenção para evitar fraudes ou avaliações imprecisas.

Como identificar se a sua moeda vale mais do que R$ 1

  • Verifique se a moeda pertence à série comemorativa Rio 2016 e representa o esporte futebol.
     
  • Observe a perna da figura: a presença da data parcialmente gravada pode indicar o erro de cunhagem.
     
  • Analise a moeda sob luz forte para localizar marcas incomuns.
     
  • Avalie o estado de conservação. Riscos, oxidação ou sinais de uso reduzem significativamente o valor de mercado.
     
  • Caso identifique algum desses aspectos, procure avaliação com especialistas ou instituições numismáticas.

Enquanto muitos descartam moedas como simples troco, outros encontram nelas uma oportunidade rara

Em tempos de alta procura e desinformação, a recomendação é clara: antes de vender, avalie com calma. Você pode estar carregando no bolso um item valioso e nem se deu conta.
 

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