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O espaço sideral está cheio de lixo, mas NASA propõe um método para fazer a limpeza

Entenda por que transformar detritos orbitais em recursos pode revolucionar o futuro das missões

Marcos Ferreira

26/08/2025 às 17:35

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A NASA cogita essa ideia que a princípio parece inusitada mas que pode ajudar a limpar a orbita terrestre

A NASA cogita essa ideia que a princípio parece inusitada mas que pode ajudar a limpar a orbita terrestre | Imagem Gerada por IA

Sacos espaciais são a proposta curiosa e engenhosa que a NASA decidiu apoiar para reduzir a poluição que ameaça a órbita terrestre.

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Essa ideia da NASA pode contribuir para limpar a órbita terrestre - Imagem gerada por IA
Essa ideia da NASA pode contribuir para limpar a órbita terrestre - Imagem gerada por IA
A empresa que detém essas "lixeiras" e a TransAstra - Imagem gerada por IA
A empresa que detém essas "lixeiras" e a TransAstra - Imagem gerada por IA
Essa solução também pode enxugar os custos de uma operação espacial - Imagem gerada por IA
Essa solução também pode enxugar os custos de uma operação espacial - Imagem gerada por IA

A agência firmou contrato com a TransAstra, uma empresa que desenvolveu um conceito simples e de fácil aplicação: usar cápsulas esféricas que funcionam como verdadeiras lixeiras flutuantes, capazes de capturar detritos em diferentes tamanhos.

Esse método pode transformar a forma como lidamos com um problema crescente que preocupa cientistas e operadores de satélites em todo o mundo.

O grande diferencial da ideia está em sua simplicidade. Enquanto muitas soluções espaciais exigem sistemas de encaixe extremamente complexos e manobras arriscadas, esse modelo elimina essas etapas.

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A proposta é aproximar a cápsula de um detrito e envolvê-lo dentro de um saco resistente, que se fecha de maneira segura.

O processo é escalável, permitindo que vários objetos sejam coletados em uma única missão, o que torna a operação mais econômica e eficiente.

Simplicidade como força principal

A força desse projeto está justamente no fato de não depender de acoplamentos complicados. Segundo Joel Sercel, CEO da TransAstra, o método dispensa que o objeto espacial tenha pontos de fixação, o que elimina a necessidade de procedimentos milimétricos.

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Isso significa que não importa a forma do detrito: basta aproximar a cápsula e envolvê-lo, reduzindo tempo e riscos da operação.

Essa simplicidade representa uma revolução prática, porque torna possível executar missões em menor escala e com custos reduzidos.

Enquanto técnicas tradicionais envolvem gastos elevados com combustível e longas manobras de ajuste, os sacos espaciais se apresentam como uma alternativa direta, que aproveita a física orbital a favor da coleta.

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Estação orbital como centro de reaproveitamento

Um aspecto essencial da proposta é o destino final dos detritos. Em vez de queimá-los na atmosfera ou trazer toneladas de sucata de volta à Terra, a NASA pretende instalar, em parceria com a ThinkOrbital, uma estação orbital com 37 metros de diâmetro e capacidade interna de 4 mil metros cúbicos.

Esse espaço serviria como um verdadeiro centro de processamento, no qual cada peça seria analisada, reparada ou reciclada. Essa iniciativa amplia o alcance da ideia, pois transforma os resíduos em recursos.

Peças metálicas, componentes eletrônicos ou estruturas reaproveitáveis podem ser utilizados em futuras construções espaciais, criando uma cadeia de reaproveitamento que reduz a necessidade de lançar novos materiais da Terra, economizando energia e diminuindo impactos ambientais.

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Economia de recursos e de tempo

Outro ponto que fortalece o projeto são os números obtidos nos estudos realizados. De acordo com a TransAstra e a ThinkOrbital, o método dos sacos espaciais pode ser até seis vezes mais barato do que trazer detritos de volta ao planeta.

Além disso, ele economizaria cerca de 82% do combustível necessário para cada missão e reduziria em até 40% o tempo de execução de todo o processo.

Essas vantagens não apenas tornam o sistema atrativo do ponto de vista financeiro, como também aumentam a viabilidade de missões de limpeza em larga escala.

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Isso significa que a proposta poderia ser aplicada continuamente, criando um ritmo de coleta e reaproveitamento capaz de reduzir progressivamente a poluição espacial.

Protótipos e próximos passos

Antes de ser lançado, o sistema será testado em solo por meio de protótipos que vão simular condições semelhantes às do espaço.

Esses ensaios são fundamentais para validar a eficácia da cápsula e garantir que ela possa cumprir sua função diante da rotação e do deslocamento dos objetos. A expectativa é que, uma vez comprovada a eficiência, a tecnologia seja adaptada para missões reais.

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A visão de longo prazo é otimista. Além de reduzir riscos de colisões entre satélites e sucata espacial, o projeto cria bases para um modelo mais sustentável de exploração.

A própria NASA considera que, se bem-sucedida, essa solução simples pode mudar de forma definitiva a relação entre atividade humana e preservação da órbita terrestre.

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