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Elas não seguram o navio apenas pelo peso, o verdadeiro trabalho está em outro componente essencial | Imagem gerada por IA
Para quem nunca navegou, pode parecer simples: basta soltar a âncora e deixar que o peso mantenha o navio parado.
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Mas, segundo o canal do YouTube Aqurate, o funcionamento é bem mais complexo, e o peso da âncora, por incrível que pareça, é o que menos importa.
A âncora tem como função cavar o solo submarino. O tipo de fundo determina o quanto ela será eficiente. Em locais rochosos ou cobertos de algas, ela desliza facilmente. Já em terrenos arenosos o desempenho melhora, mas é na lama ou argila que a fixação realmente se destaca.
Em embarcações grandes, o segredo está na corrente, feita de aço e com centenas de metros de comprimento. Somada à âncora, pode pesar centenas de toneladas, o equivalente a uma baleia-azul adulta.
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A corrente não fica esticada, mas levemente solta, formando o que os marinheiros chamam de curva da corrente. A parte mais baixa toca o fundo, criando atrito e estabilidade.
Esse peso extra funciona como um amortecedor natural: conforme o vento e as ondas movem o navio, a corrente se eleva e absorve o impacto.
Se ela estivesse totalmente esticada, a âncora se soltaria com facilidade. Assim, o movimento da corrente garante que o navio fique firme, mesmo em águas agitadas.
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Para levantar o conjunto, o navio se move lentamente sobre o ponto onde a âncora foi lançada, enquanto a corrente é puxada. O motor ajuda no processo, evitando esforço excessivo.
As correntes são divididas em seções de 27,5 metros, marcadas por elos coloridos. Os elos brancos indicam quantas seções estão na água; por exemplo, cinco elos correspondem a cerca de 137 metros.
E aquele mito de filmes em que um navio faz uma curva brusca ao soltar a âncora? Na vida real, isso não acontece. A corrente absorveria a força, e a âncora simplesmente se soltaria do fundo, ou quebraria se ficasse presa em uma rocha.
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