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O país onde há mais cachorros e gatos do que crianças

Estima-se que o número de animais de estimação supere o de crianças, mudança revela muito sobre sociedade, economia e dinâmica familiar do país

José Adryan

12/11/2025 às 12:15  atualizado em 12/11/2025 às 12:22

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Animais ganham status de membros da família, com direito a roupas, spas e até funerais personalizados

Animais ganham status de membros da família, com direito a roupas, spas e até funerais personalizados | Freepik

No Japão, o número combinado de cães e gatos já ultrapassa o número de crianças com menos de 15 anos de idade.

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No Japão, o número de cães e gatos já supera o de crianças, refletindo mudanças profundas na estrutura familiar
No Japão, o número de cães e gatos já supera o de crianças, refletindo mudanças profundas na estrutura familiar
Queda na natalidade e solidão urbana impulsionam o boom do mercado pet japonês (Fotos: Freepik)
Queda na natalidade e solidão urbana impulsionam o boom do mercado pet japonês (Fotos: Freepik)

Em um relatório de 2023, o mercado aponta cerca de 15,9 milhões de cachorros e gatos, diante de aproximadamente 14,7 milhões de crianças nessa faixa etária.

Apesar de algumas variações entre estudos, como estimativas que indicam 19 a 23 milhões de pets frente a cerca de 17 milhões de crianças, há consenso de que os pets há muito deixaram de ser apenas companhias para se tornarem “membros da família”.

Por que os japoneses adotam mais pets do que filhos?

Vários fatores contribuem para essa tendência:

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  • A taxa de natalidade no Japão está entre as mais baixas do mundo, o que reduz naturalmente o número de crianças.
  • O país possui uma população que envelhece rapidamente e muitos adultos optam por não ter ou adiar ter filhos, devido a restrições econômicas, jornadas longas de trabalho e falta de suporte para a criação de crianças.
  • Pets oferecem companhia, conforto emocional e menor demanda comparados à responsabilidade de ter filhos, o que torna sua adoção mais viável em apartamentos pequenos ou em lares de pessoas mais velhas.

Como os pets ganharam status de “família”

No Japão, muitos donos tratam seus animais com níveis de cuidado que antes eram reservados aos filhos.

Alimentação premium, roupas, cafés para pets, hotéis especializados, até funerais elaborados. A indústria pet se tornou um setor de peso, movimentando bilhões de ienes. 

Além disso, pesquisas indicam que a longevidade dos animais de estimação no país está aumentando, por exemplo, médias de vida de 13,2 anos para cães e 11,9 para gatos foram relatadas.

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Consequências sociais e econômicas

Essa dinâmica tem alguns efeitos visíveis, o mercado de pet food, serviços veterinários, acessórios e “turismo pet” está em expansão e apresenta crescimento constante

Por outro lado, a estrutura familiar se transforma. Menos crianças, mais lares com pets, o que influencia hábitos de consumo, arquitetura (moradias menores, apartamentos pet-friendly) e mesmo políticas públicas.

Questões de bem-estar animal também emergem, com mais pets, surge a necessidade de maior responsabilização no cuidado, no controle de reprodução e no suporte à saúde dessas populações.

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O que isso diz sobre o futuro?

O fato de o Japão já ter ultrapassado esse marco serve como um alerta e também como indicador de como sociedades modernas estão mudando.

Se padrões similares se repetirem em outros países com baixas taxas de natalidade, veremos impactos permanentes sobre demografia, economia e cultura.

Para muitos japoneses, os animais deixaram de ser apenas “pets” e passaram a ocupar um lugar central nas suas vidas. Esse fenômeno reflete não apenas uma escolha individual, mas um complexo conjunto de condições sociais, econômicas e culturais.

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