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O que é a substância tóxica presente em esmaltes que foi banida na Europa

União Europeia bane componente de esmaltes em gel por potencial toxicidade reprodutiva; no Brasil, uso segue permitido

Agência Gazeta

02/09/2025 às 18:09  atualizado em 02/09/2025 às 18:20

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Entenda a função do TPO no endurecimento do gel, os riscos apontados e como reduzir danos na manicure.

Entenda a função do TPO no endurecimento do gel, os riscos apontados e como reduzir danos na manicure. | Freepik

O TPO, abreviação de óxido de trimetilbenzoil difenilfosfina, é um ingrediente-chave nos esmaltes em gel. A União Europeia acaba de proibir sua presença em cosméticos por possível toxicidade para a reprodução, abrindo alerta global.

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Mesmo com o banimento europeu, o componente segue liberado no Brasil e nos Estados Unidos. Especialistas recomendam cautela, informação e boas práticas para reduzir riscos na manicure em gel.

Usado para garantir brilho e durabilidade, o TPO é o fotoiniciador que reage à luz UV ou LED e endurece o esmalte. É essa “cura” que cria a película resistente que pode durar semanas sem lascar, tornando o produto popular em salões e kits domésticos.

O que é TPO e por que ele é usado

O TPO atua como motor químico do esmalte em gel. Ao receber luz UV ou LED, ele dispara a reação que solidifica a camada aplicada. Sem esse fotoiniciador, o gel não endurece corretamente, perde resistência e não mantém o acabamento brilhante por tanto tempo.

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A função explica a ampla adoção do TPO na cadeia de beleza. Do laboratório ao salão, o componente ajuda a entregar uma manicure que dura, reduz retoques e agrada quem busca praticidade. Porém, o mesmo papel o colocou sob lupa regulatória na Europa.

O que mudou na União Europeia

O banimento na UE é o ápice de um processo que começou em maio de 2024. Após análises, o TPO foi classificado como substância “CMR categoria 1B”, indicando potencial carcinogênico, mutagênico ou tóxico para a reprodução, com base majoritária em estudos em animais.

Embora os efeitos em humanos ainda não sejam considerados definitivos, a classificação bastou para incluir o TPO na lista de ingredientes proibidos em cosméticos. A regra alcança fabricantes, importadores e salões, que tiveram de eliminar estoques do mercado europeu.

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Segundo a determinação, não haverá “exceções, nem limite de tempo para vender” itens com o componente. Profissionais relataram resistência, dizendo que o prazo de substituição foi insuficiente. Ainda assim, a norma vale a partir de 1º de setembro na região.

O que segue permitido e o que não mudou

No Brasil e nos Estados Unidos, o uso do TPO continua liberado pelas autoridades sanitárias locais. Por isso, marcas e salões podem manter o portfólio atual, desde que sigam as exigências nacionais vigentes para produtos cosméticos.

Há um detalhe importante: a proibição europeia se limita a cosméticos. Como destacam importadores, “O TPO também é usado como um fotoiniciador em obturações dentárias — mas a proibição europeia se aplica apenas a ingredientes cosméticos”. Ou seja, outras aplicações não entraram na regra.

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Outros riscos associados à esmaltação em gel

Além do TPO, há preocupações inerentes ao procedimento. O podólogo Dr. Saylee Tulpule apontou ao The Post que a luz UV usada para curar o gel pode elevar o risco de câncer de pele. A recomendação geral é minimizar a exposição sempre que possível.

A saúde da unha também conta. O processo de “afinar ou enfraquecer a placa ungueal antes de aplicar a cor de gel durável” pode causar danos estruturais ao leito ungueal. A repetição sem intervalos adequados aumenta a chance de quebra e descamação.

Há ainda um risco biológico. Quando o gel começa a descolar, forma-se um espaço úmido que favorece bactérias como a Pseudomonas. O quadro provoca manchas verdes ou azuladas na unha e exige atenção para evitar agravos e contaminações cruzadas.

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O que o consumidor pode fazer agora

Para quem faz manicure em gel no Brasil, especialistas sugerem cautela. Informe-se sobre a composição do esmalte usado e, se possível, peça alternativas livres de TPO. Questionar o profissional é um passo simples para decisões mais seguras no dia a dia.

Outra medida é ampliar o intervalo entre aplicações. Dar descanso à placa ungueal ajuda na recuperação e reduz microdanos cumulativos. Em paralelo, vale priorizar salões que sigam boas práticas de biossegurança e descarte correto de materiais.

Ventilação também conta. Realizar o procedimento em locais bem arejados diminui a inalação de compostos voláteis liberados durante a cura do gel. Pequenas mudanças de hábito, somadas, tornam a experiência mais segura sem abrir mão do visual desejado.

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Impactos para a indústria e salões

Na Europa, a decisão força reformulações e revisões de portfólio. Fabricantes e importadores precisam substituir o TPO e tirar estoques de circulação. Salões, por sua vez, ajustam rotinas, treinamentos e comunicação para cumprir a norma e manter a clientela.

Fora da UE, o tema impulsiona debates regulatórios e pressiona a cadeia por transparência. Consumidores informados tendem a buscar rótulos claros e profissionais que expliquem o passo a passo. A conversa aberta é hoje parte essencial do serviço.

O essencial em poucas palavras

O TPO é o fotoiniciador que endurece o esmalte em gel sob luz UV ou LED. Na União Europeia, foi proibido em cosméticos como “CMR categoria 1B” por potencial toxicidade reprodutiva. No Brasil, o uso permanece liberado, e a orientação é cautela informada.

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Enquanto a ciência investiga mais efeitos em humanos, vale adotar práticas prudentes: perguntar sobre a fórmula, considerar opções sem TPO, espaçar sessões, fortalecer a ventilação e observar qualquer alteração nas unhas. Informação é a melhor base para decidir.

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