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O que é "shreking" e como isso está afetando as relações entre os jovens

A lógica do "shreking" parte da ideia de que parceiros "menos atraentes" seriam mais leais, mas especialistas alertam para os riscos dessa escolha

Julia Teixeira

17/09/2025 às 08:40

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Inspirada no personagem Shrek, a tendência reflete o medo de traição e a busca por segurança em relacionamentos na era digital

Inspirada no personagem Shrek, a tendência reflete o medo de traição e a busca por segurança em relacionamentos na era digital | Foto: Reprodução/YouTube

O termo "shreking" tem ganhado notoriedade nas redes sociais e revela uma nova perspectiva sobre relacionamentos.

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A expressão, inspirada no personagem Shrek, descreve a escolha de parceiros considerados "menos atraentes" com a expectativa de garantir mais segurança, carinho e evitar sofrimentos como traição ou términos abruptos.

A expressão, inspirada no personagem Shrek, descreve a escolha de parceiros considerados "menos atraentes" com a expectativa de garantir mais segurança, carinho e evitar sofrimentos como traição ou términos abruptos. Foto: Reprodução/YouTube
A expressão, inspirada no personagem Shrek, descreve a escolha de parceiros considerados "menos atraentes" com a expectativa de garantir mais segurança, carinho e evitar sofrimentos como traição ou términos abruptos. Foto: Reprodução/YouTube
Apesar da busca por segurança, especialistas alertam que basear uma relação apenas na aparência de outra pessoa e em um cálculo de risco pode ser perigoso. Foto: Reproução/Freepik
Apesar da busca por segurança, especialistas alertam que basear uma relação apenas na aparência de outra pessoa e em um cálculo de risco pode ser perigoso. Foto: Reproução/Freepik

A lógica por trás da tendência parte da ideia de que parceiros percebidos como "menos bonitos" seriam mais leais e dedicados. O nome remete à animação Shrek (2001), onde a princesa Fiona, vista como bela e desejada, decide viver com o ogro Shrek, que é considerado feio pelos outros personagens.

A relação do filme foi reinterpretada como uma metáfora de uma escolha estratégica por estabilidade. No entanto, especialistas destacam que essa leitura atual do termo se diferencia da história original, em que a escolha de Fiona foi motivada pelo amor, e não por um cálculo de riscos.

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O que é "shreking" e por que essa tendência viralizou?

O "shreking" é uma tendência em que as pessoas optam por parceiros que consideram menos atraentes fisicamente, buscando uma relação mais segura e com menos riscos de traição.

A popularidade do termo reflete uma ansiedade crescente em relação aos relacionamentos, especialmente entre as gerações mais jovens, como a Geração Z. O Portal Terra conversou com psicólogos e especialistas em relacionamento para entender melhor como esse fenômeno afeta os relacionamentos dos jovens.

Segundo Cláudio Paixão, doutor em psicologia social, "o shreking pode ser uma resposta de segurança afetiva" e pode ter sido intensificado pelo período de isolamento da pandemia, em que muitos jovens tiveram dificuldade de desenvolver interações sociais reais.

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As aparências enganam

Apesar da busca por segurança, especialistas alertam que basear uma relação apenas na aparência de outra pessoa e em um cálculo de risco pode ser perigoso. "Há riscos emocionais ao basear uma relação apenas em aparência ou em cálculos de risco", afirma Paixão.

A psicóloga Renata de Azevedo concorda, explicando que "escolher parceiros por medo de ser traído geralmente revela fragilidades internas".

Relações construídas pelo medo

Renata de Azevedo, especialista em relacionamentos, destaca que a hiperexposição digital contribui para essa tendência. A sensação de ter "opções infinitas" e a ambiguidade de interações virtuais (curtidas, comentários, etc.) levam a um medo constante de ser substituído, impulsionando a busca por estratégias que reduzam esse risco.

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Contudo, ela alerta que "o que parecia seguro pode se transformar em terreno de frustração e solidão".

Shreking se tornou uma tendência entre a geração Z

O caminho para uma relação saudável

A chave para um relacionamento feliz não está em estratégias de risco, mas em fortalecer a si. O caminho mais saudável, segundo Renata, é investir na autoestima e na autoconfiança. Quando o amor é baseado no desejo, na compatibilidade e em acordos claros, o vínculo se fortalece e se torna duradouro.

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