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O que significa ceder o lugar no transporte público, segundo a psicologia

Por incrível que pareça, essa prática é amplamente estudada em pesquisas de comportamento

Vitoria Estrela

25/10/2025 às 16:24

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A resposta para o que leva alguém a ceder o assento pode ser mais surpreendente do que você imagina

A resposta para o que leva alguém a ceder o assento pode ser mais surpreendente do que você imagina | Freepik

Quem anda de ônibus ou metrô já presenciou a cena: o veículo lotado, alguém em pé, com dificuldade para segurar na barra, e outro passageiro se levantando para oferecer o lugar.

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De acordo com pesquisadores, os viajantes são mais sensíveis a pessoas com deficiência e gestantes do que a idosos e crianças
De acordo com pesquisadores, os viajantes são mais sensíveis a pessoas com deficiência e gestantes do que a idosos e crianças
A estratégia mais comum para não ceder o lugar é se fingir de ocupado ou desatento (Fotos: Freepik)
A estratégia mais comum para não ceder o lugar é se fingir de ocupado ou desatento (Fotos: Freepik)

O gesto parece um simples ato de gentileza, mas, por trás dele, pode haver muito mais do que costume ou boa educação.

Por incrível que pareça, essa prática cotidiana já virou pauta de estudos comportamentais em diferentes lugares do mundo. E a resposta para o que realmente leva alguém a ceder o assento pode ser mais surpreendente do que você imagina.

Não é sobre respeito

Um estudo publicado pela Oxford University Press, em nome da The Gerontological Society of America, mostrou que a lógica de ceder assentos não se baseia tanto no princípio de "respeito ao idoso", mas sim na "compaixão pelos idosos doentes".

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Segundo a publicação, é improvável que uma pessoa de 60 anos que não apresente sinais de fragilidade ou sofrimento físico receba um assento. Já pessoas que estejam visivelmente necessitadas receberão um assento, não importa a situação.

Os pesquisadores passaram anos (2009-2015) observando e entrevistando passageiros na Rússia para entender como e por que as pessoas cedem seus lugares no transporte público. O intuito era ver o comportamento real, não só o que as pessoas dizem que fariam.

De acordo com os autores, a estratégia mais comum para não ceder o lugar é se fingir de ocupado ou desatento, como olhar pela janela, adormecer, ouvir música e se distrair com o celular.

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Depende da situação

Já uma pesquisa publicada na revista científica Science Direct tentou explicar o que faz alguém ceder lugar para um público mais amplo. O questionário foi realizado online e obteve respostas de 404 estudantes universitários da China.

Os resultados indicam que os fatores situacionais como aglomeração do local, tipo de passageiro vulnerável e o tempo em pé após a cessão de assentos são os que mais afetam nessa decisão. 

O mesmo vale para os valores ensinados às pessoas que cedem seus lugares.

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As descobertas do estudo também indicam que os viajantes são mais sensíveis a pessoas com deficiência e gestantes do que a idosos e crianças. 

Sendo assim, ceder lugar no transporte público pode estar relacionado a centenas de motivos. 

Alguém pode apenas se sentir obrigado, ter sido ensinado desde criança a fazer isso, ter empatia por idosos ou não se importar em ficar poucos minutos de pé antes de chegar no destino final.

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