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Psicólogos e dermatologistas alertam: roer cutículas pode ser mais do que mania estética | Freepik
Você costuma puxar ou morder as cutículas sempre que percebe um pedacinho de pele solto? Embora pareça apenas uma mania inofensiva, especialistas revelam que o hábito pode ser sinal de um transtorno de saúde mental.
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A condição é conhecida como dermatilomania e faz parte do espectro dos transtornos obsessivos-compulsivos (TOCs). O problema leva pessoas a arranhar, puxar ou apertar a pele, em especial na região das unhas.
Segundo a médica Dana Brems, entrevistada pelo Daily Mail, “as pessoas que puxam a própria pele até o ponto de causar danos e feridas podem ter a condição e devem buscar ajuda médica e psicológica”.
A dermatilomania vai muito além de uma questão estética. O ato repetitivo de cutucar a pele costuma ser uma forma de lidar com estresse e ansiedade, mesmo sem que o paciente perceba. Em muitos casos, as feridas tornam-se frequentes.
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Estudos apontam que até 5% da população mundial pode ter vivido com o transtorno. Em pacientes com outros problemas psiquiátricos, como depressão e transtorno do pânico, a frequência tende a ser ainda maior.
“A causa exata não é totalmente compreendida, mas o estresse e a ansiedade podem exacerbar os sintomas”, explica a médica. Por isso, entender os gatilhos emocionais é fundamental para o diagnóstico.
Uma pesquisa publicada nos Anais Brasileiros de Dermatologia em 2018 mostrou que a dermatilomania afeta diretamente pacientes com doenças de ordem mental. O estudo revelou que 30% deles apresentavam o transtorno de roer cutículas.
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Entre os participantes avaliados, cerca de 80% se machucavam visivelmente por causa do hábito. Muitos relataram não conseguir interromper a prática, mesmo tentando repetidas vezes.
Esses dados reforçam que o problema não deve ser tratado como uma simples mania. É um sinal que pode apontar para questões emocionais mais profundas e que merece acompanhamento médico.
Os sintomas incluem lesões visíveis na pele, tentativas frustradas de parar o hábito e vergonha das marcas deixadas. Muitos pacientes evitam situações sociais por medo do julgamento.
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O tratamento envolve acompanhamento psicológico e, em alguns casos, uso de antidepressivos. A terapia ajuda a substituir o ato de puxar a pele por estratégias menos nocivas, como fechar as mãos em momentos de estresse.
Reconhecer os sinais e buscar ajuda é essencial. Quanto antes a pessoa entender que não se trata apenas de estética, maiores as chances de reduzir os impactos físicos e emocionais do transtorno.
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