O que significa preferir ficar em casa do que sair com os amigos, segundo a psicologia?

Todos possuem aquele amigo que não sai de jeito nenhum de casa, e prefere sempre ficar assistindo séries ou lendo embaixo do cobertor do que sair para um barzinho ou balada. Mas o que preferir ficar em casa diz sobre sua psique?

Longe de ser negativo em todos os casos, preferir ficar em casa pode revelar tanto aspectos positivos da sua personalidade, quanto necessidades e expectativas pessoais que não são atingidas ao sair de casa.

Veja agora o que ser aquele “amigo do Netflix” diz sobre quem você é:

Necessidades psicológicas

A ideia de “não quer sair de casa porque algo anda mal” nem sempre se verifica. Às vezes ter uma rotina semanal muito corrida pode impedir uma pessoa de querer sair de casa, e mesmo que sair para uma balada na sexta à noite possa parecer atrativo, o corpo reconhece que precisa repousar.

Pessoas introvertidas também tendem a se sentirem mais confortáveis sozinhas, ou mesmo acompanhadas em lugares mais calmos. O conforto do lar oferece um ambiente perfeito para repor as baterias sociais, esgotadas depois de muitas interações.

Se isolar em casa também pode ter um motivo mais íntimo, e não necessariamente negativo: ficar em casa é um ótimo jeito de ter tempo para pensar, se reconectar com o “eu” interior e rever decisões importantes ou a trajetória de vida.

Preferir ficar em casa do que sair pode significar simplesmente que você é uma pessoa mais quieta, com hobbies mais introspectivos e que não se dá bem com o caos constante das grandes cidades.

Quando ficar em casa pode ser negativo

Embora natural para algumas pessoas, em alguns casos preferir sempre ficar em casa pode ser um sinal de alerta para os amigos ao redor.

Se isolar pode ser uma estratégia do psicológico para evitar lidar com estresse, ansiedade, tristeza constante ou falta de motivação. Um corte abrupto nas relações sociais e o isolamento completo voluntário podem ser um sinal de alerta para sintomas depressivos, alertam especialistas.

Movimento natural

Outra coisa que pode estar por trás de preferir ficar em casa do que ver os amigos é a desconexão emocional. O problema não é sair de casa, mas a sensação estranha de não estar mais em sintonia com o ciclo social.

As nossas relações sociais mudam ao longo da vida, e é normal que nos sentimos impelidos a se afastar de um grupo, mesmo que nenhum conflito ou algo de errado tenha acontecido. Esse fenômeno recebe o nome de “seleção afetiva”.

Como nossas prioridades e estilos de vida mudam, mudamos também quem queremos perto de nós, com que nos sentimos confortáveis, e quem conseguimos criar conexões genuínas verdadeiras.

É normal preferir ficar em casa durante esse momento de transição entre se afastar de um grupo que não te conforta mais e não descobrir um novo para se estar.

Em suma, preferir estar em casa é algo natural e não há nada de errado em preferir o conforto do lar. Contudo, é importante entender quais fatores fazem uma pessoa preferir ficar em casa

Se um amigo ou amiga sua se isolou repentinamente, e não tem mais vontade de conversar ou participar de situações sociais, considere mandar uma mensagem, pergunte se está tudo bem. Às vezes desse momento difícil podem sair laços mais fortes e genuínos.