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Entenda o porquê um bebê sorri para você | Freepik
O sorriso do bebê é um dos momentos mais encantadores para os pais, mas também é um sinal poderoso sobre emoções, afeto e saúde.
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Estudos mostram que essa expressão vai além da alegria e pode indicar conforto, vínculo com os cuidadores e até pistas sobre o desenvolvimento neurológico da criança.
Ver um bebê sorrindo é um dos maiores prazeres da maternidade e paternidade. Pais e mães não medem esforços para arrancar uma risada: fazem caretas, brincam de esconde-esconde e até encaram alguns “micos” em público.
O que muitos não sabem é que, ao sorrir, a criança demonstra não apenas alegria, mas também a sensação de acolhimento e segurança.
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Segundo a neuropediatra Nelci Zanon, em entrevista à revista Crescer, esse gesto indica que o bebê se sente confortável para expressar suas emoções. A risada não é apenas instinto: é uma forma de interação que fortalece o vínculo afetivo entre pais e filhos.
Esse contato direto ajuda o bebê a entender que está em um ambiente seguro, o que é essencial para o desenvolvimento emocional. A ciência, inclusive, tem se dedicado a estudar o sorriso infantil.
O pesquisador Caspar Addyman, do Birkbeck Babylab, na Universidade de Londres, reuniu depoimentos e vídeos de mais de 1,4 mil famílias em 25 países para compreender melhor como e por que os bebês riem.
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O objetivo é desvendar não apenas aspectos do desenvolvimento cerebral, mas também a origem do humor humano.
Uma das descobertas mais curiosas é que 95% dos bebês dão o primeiro sorriso nos dois primeiros meses de vida. Mas, segundo o pediatra Christian Muller, da Sociedade Brasileira de Pediatria, esse sorriso inicial ainda é motor, ou seja, um movimento involuntário, assim como mexer braços e pernas.
É apenas entre o segundo e o terceiro mês que o bebê passa a sorrir de forma social, reagindo a estímulos externos como brincadeiras e expressões dos pais.
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Nesse momento, o sorriso deixa de ser apenas reflexo e se transforma em uma poderosa ferramenta de comunicação. Assim como aprende que o choro chama atenção para a fome, o bebê entende que o riso gera carinho e afeto.
Essa fase é essencial para o desenvolvimento das relações sociais da criança. O bebê percebe que sua expressão provoca resposta no ambiente e passa a repetir o comportamento. Cada sorriso, então, se torna uma troca: ele demonstra emoção e, em troca, recebe atenção, amor e cuidados.
A ausência de sorriso não deve gerar pânico imediato, mas é um ponto de atenção. Pediatras costumam perguntar, nas primeiras consultas, se o bebê já apresentou esse gesto.
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Sozinho, esse dado não fecha nenhum diagnóstico, mas pode indicar necessidade de investigação sobre o desenvolvimento neurológico.
Em alguns casos, a falta de sorriso pode estar ligada a atrasos no desenvolvimento ou a problemas neurológicos, mas também pode ser apenas um sinal de desconforto momentâneo, como cólicas ou cansaço.
Por isso, a análise deve sempre considerar o contexto. É importante lembrar que cada bebê tem seu ritmo. Nem todos sorriem com a mesma frequência ou intensidade, e isso não significa necessariamente um problema.
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O mais relevante é observar a evolução ao longo do tempo e buscar orientação médica sempre que houver dúvidas.
Um ambiente acolhedor e carinhoso é determinante para despertar sorrisos. A interação diária com brincadeiras simples, como cócegas, contato visual e músicas, ajuda a criar memórias positivas e reforça a sensação de segurança.
Além de estimular o riso, essas práticas fortalecem o vínculo afetivo entre pais e filhos, favorecendo também o desenvolvimento cognitivo e emocional. O bebê aprende, desde cedo, que está inserido em uma rede de afeto, onde expressar emoções é algo natural e valorizado.
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E vale reforçar: embora ouvir que “um bebê risonho será uma criança sociável” seja comum, ainda é cedo para definir personalidade. O que realmente importa é que o sorriso, seja frequente ou não, reflete a interação do bebê com o mundo ao redor e a qualidade da relação com quem cuida dele.
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