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O que significa quando um bebê sorri para você?

Muito além da fofura, a ciência explica como o riso infantil revela vínculos e desenvolvimento

Pedro Morani

15/09/2025 às 15:48

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Entenda o porquê um bebê sorri para você

Entenda o porquê um bebê sorri para você | Freepik

O sorriso do bebê é um dos momentos mais encantadores para os pais, mas também é um sinal poderoso sobre emoções, afeto e saúde.

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Pais e mães não medem esforços para arrancar uma risada: fazem caretas, brincam de esconde-esconde e até encaram alguns "micos" em público (Foto: Freepik)
Pais e mães não medem esforços para arrancar uma risada: fazem caretas, brincam de esconde-esconde e até encaram alguns "micos" em público (Foto: Freepik)
Ao sorrir, a criança demonstra não apenas alegria, mas também a sensação de acolhimento e segurança (Foto: Pexels)
Ao sorrir, a criança demonstra não apenas alegria, mas também a sensação de acolhimento e segurança (Foto: Pexels)
Um ambiente acolhedor e carinhoso é determinante para despertar sorrisos (Foto: Pexels)
Um ambiente acolhedor e carinhoso é determinante para despertar sorrisos (Foto: Pexels)

Estudos mostram que essa expressão vai além da alegria e pode indicar conforto, vínculo com os cuidadores e até pistas sobre o desenvolvimento neurológico da criança.

O primeiro sorriso: mais do que fofura

Ver um bebê sorrindo é um dos maiores prazeres da maternidade e paternidade. Pais e mães não medem esforços para arrancar uma risada: fazem caretas, brincam de esconde-esconde e até encaram alguns “micos” em público. 

O que muitos não sabem é que, ao sorrir, a criança demonstra não apenas alegria, mas também a sensação de acolhimento e segurança.

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Segundo a neuropediatra Nelci Zanon, em entrevista à revista Crescer, esse gesto indica que o bebê se sente confortável para expressar suas emoções. A risada não é apenas instinto: é uma forma de interação que fortalece o vínculo afetivo entre pais e filhos.

 Esse contato direto ajuda o bebê a entender que está em um ambiente seguro, o que é essencial para o desenvolvimento emocional. A ciência, inclusive, tem se dedicado a estudar o sorriso infantil. 

O pesquisador Caspar Addyman, do Birkbeck Babylab, na Universidade de Londres, reuniu depoimentos e vídeos de mais de 1,4 mil famílias em 25 países para compreender melhor como e por que os bebês riem.

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O objetivo é desvendar não apenas aspectos do desenvolvimento cerebral, mas também a origem do humor humano.

Quando o sorriso começa a aparecer

Uma das descobertas mais curiosas é que 95% dos bebês dão o primeiro sorriso nos dois primeiros meses de vida. Mas, segundo o pediatra Christian Muller, da Sociedade Brasileira de Pediatria, esse sorriso inicial ainda é motor, ou seja, um movimento involuntário, assim como mexer braços e pernas.

É apenas entre o segundo e o terceiro mês que o bebê passa a sorrir de forma social, reagindo a estímulos externos como brincadeiras e expressões dos pais. 

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Nesse momento, o sorriso deixa de ser apenas reflexo e se transforma em uma poderosa ferramenta de comunicação. Assim como aprende que o choro chama atenção para a fome, o bebê entende que o riso gera carinho e afeto.

Essa fase é essencial para o desenvolvimento das relações sociais da criança. O bebê percebe que sua expressão provoca resposta no ambiente e passa a repetir o comportamento. Cada sorriso, então, se torna uma troca: ele demonstra emoção e, em troca, recebe atenção, amor e cuidados.

E quando o bebê não sorri?

A ausência de sorriso não deve gerar pânico imediato, mas é um ponto de atenção. Pediatras costumam perguntar, nas primeiras consultas, se o bebê já apresentou esse gesto. 

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Sozinho, esse dado não fecha nenhum diagnóstico, mas pode indicar necessidade de investigação sobre o desenvolvimento neurológico.

Em alguns casos, a falta de sorriso pode estar ligada a atrasos no desenvolvimento ou a problemas neurológicos, mas também pode ser apenas um sinal de desconforto momentâneo, como cólicas ou cansaço. 

Por isso, a análise deve sempre considerar o contexto. É importante lembrar que cada bebê tem seu ritmo. Nem todos sorriem com a mesma frequência ou intensidade, e isso não significa necessariamente um problema. 

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O mais relevante é observar a evolução ao longo do tempo e buscar orientação médica sempre que houver dúvidas.

O poder do afeto na risada do bebê

Um ambiente acolhedor e carinhoso é determinante para despertar sorrisos. A interação diária com brincadeiras simples, como cócegas, contato visual e músicas, ajuda a criar memórias positivas e reforça a sensação de segurança.

Além de estimular o riso, essas práticas fortalecem o vínculo afetivo entre pais e filhos, favorecendo também o desenvolvimento cognitivo e emocional. O bebê aprende, desde cedo, que está inserido em uma rede de afeto, onde expressar emoções é algo natural e valorizado.

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E vale reforçar: embora ouvir que “um bebê risonho será uma criança sociável” seja comum, ainda é cedo para definir personalidade. O que realmente importa é que o sorriso, seja frequente ou não, reflete a interação do bebê com o mundo ao redor e a qualidade da relação com quem cuida dele.

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