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Cientistas criam "relógio de envelhecimento" que usa metilação de DNA para prever a diferença entre sua idade real e a do seu corpo | Freepik
Uma novidade promissora pode mudar a maneira como encaramos o envelhecimento. Uma empresa de biotecnologia sediada em Manhattan desenvolveu o CheekAge, um "relógio de envelhecimento" capaz de prever sua idade biológica e longevidade. A grande inovação é que este teste não é invasivo e utiliza apenas informações obtidas com um simples cotonete de células nas bochechas.
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A idade biológica se refere à idade real de suas células e tecidos, o que, frequentemente, difere de sua idade cronológica — o número de anos que você viveu. Pesquisas importantes demonstram que uma grande diferença entre esses dois números pode aumentar significativamente o risco de morte por diversas doenças, tornando este novo teste um indicador crucial de saúde.
Enquanto a maioria dos testes que preveem a idade biológica de uma pessoa dependem da análise de DNA a partir do sangue, a tecnologia CheekAge se destaca por sua facilidade de coleta. Portanto, esse novo método traz esperança para quem busca entender melhor como fatores de estilo de vida aceleram ou retardam o processo de envelhecimento do corpo.
É fundamental entender que o envelhecimento varia entre indivíduos, impulsionado por fatores de estilo de vida, como estresse, tabagismo, consumo de álcool, má alimentação e sono ruim. Felizmente, essas influências ambientais deixam uma "impressão" em nosso genoma, na forma de marcas epigenéticas.
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Cientistas da Tally Health usaram esse conhecimento para quantificar o envelhecimento molecular, caracterizando o epigenoma em locais específicos. Em outras palavras, eles desenvolveram um dos chamados "relógios epigenéticos", calibrados com base na idade cronológica e em fatores de estilo de vida observados em um grande número de pessoas.
Para validar a precisão do CheekAge, os pesquisadores da Tally Health realizaram um estudo detalhado, publicado na Frontiers in Aging. Eles testaram a tecnologia usando amostras de sangue em um conjunto de dados de 1.513 cidadãos idosos do Reino Unido, acompanhados pelo programa Lothian Birth Cohorts (LBC) da Universidade de Edimburgo.
Max Shokhirev, chefe de biologia computacional e dados da Tally Health, explicou ao New York Post: “Neste trabalho, mostramos que o ‘relógio do envelhecimento’ CheekAge, que foi desenvolvido usando células da bochecha, ainda está significativamente associado à mortalidade no sangue”.
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Entretanto, o Dr. Shokhirev destaca que é preciso cautela: o CheekAge não prevê quando ou como alguém morrerá. Mas ele mostra que a diferença entre a idade biológica e a idade cronológica está fortemente associada ao risco de mortalidade, funcionando como um importante sinal de alerta.
A chave para o funcionamento do CheekAge é a metilação do DNA. Tecnicamente, este é um processo biológico natural em que marcadores químicos são adicionados ao DNA. Esse mecanismo pode alterar a função dos genes, sem modificar o código genético em si. Os níveis dessa metilação mudam com o tempo e podem ser afetados por diversos fatores, como dieta, hormônios, estresse, medicamentos e exposição a poluentes.
Além disso, o Dr. Shokhirev notou que a pesquisa revelou ligações importantes: “Também mostramos que locais específicos de metilação são particularmente importantes para essa associação, revelando possíveis ligações entre genes e processos específicos e a mortalidade humana registrada pelo nosso relógio”.
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A Tally Health afirma que seu teste, lançado no início deste ano, finalmente superou quatro relógios de primeira geração desenvolvidos anos atrás. Ele é, inclusive, comparável ao DNAm PhenoAge, um respeitado preditor de doenças crônicas e mortalidade.
A empresa descobriu que a CheekAge está diretamente relacionada a fatores de estilo de vida, como qualidade do sono, frequência de exercícios e consumo de álcool, bem como a fatores de saúde, incluindo a infecção por COVID-19.
Adiv Johnson, chefe de assuntos científicos e educação da empresa, conclui: “Estamos ativamente envolvidos em pesquisas para entender melhor quais tipos de variáveis e medidas estão significativamente associadas ao CheekAge, incluindo diferentes doenças, condições de saúde e fatores de estilo de vida”.
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