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								O gesto que mistura amor familiar e fanatismo ganhou repercussão internacional em duas ocasiões | Reprodução/TNT Sports
Em diversos países, o futebol tem seus momentos de emoção e de histórias marcantes, mas o futebol argentino é conhecido por paixões intensas e manifestações de amor que ultrapassam o comum.
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Entre elas, a história de Gabriel Aranda, torcedor do Racing Club, se destaca por unir devoção familiar e fanatismo esportivo de forma inusitada: ele ficou famoso por levar o crânio do avô falecido, Valentín Aguilera, para celebrar títulos do time.
Considerado como um amuleto da sorte, Valentín e seu vô falecido acompanham o Racing por onde quer que ele esteja e em diversos momentos do clube. Confira a seguir:
Gabriel Aranda conta que herdou do avô o amor pelo Racing. Valentín Aguilera, segundo ele, era um torcedor fervoroso, daqueles que jamais perdiam um jogo do clube.
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Após sua morte, Aranda decidiu mantê-lo presente — literalmente — nas conquistas do time. “O Racing é meu amor, e ele também é meu amor, meu avô. Eu o levo aonde quer que eu vá”, disse em entrevista à imprensa argentina.
O gesto, segundo ele, é uma homenagem e uma forma de garantir que o avô continue acompanhando o clube que tanto amava.
Na cultura futebolística argentina, as cabalas — rituais e superstições para atrair sorte — fazem parte da rotina de torcedores e jogadores. No caso de Aranda, o crânio do avô virou uma espécie de amuleto pessoal.
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Ele contou que chegou a retirar o crânio do nicho onde estava guardado sempre que o Racing disputava partidas decisivas.
“Tirei ele do nicho durante todo o tempo em que o Racing esteve jogando”, afirmou, tratando o ato como parte de um ritual de fé e devoção.
O gesto que mistura amor familiar e fanatismo ganhou repercussão internacional em duas ocasiões. A primeira foi em 2019, quando o Racing conquistou o Campeonato Argentino.
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Aranda foi filmado pela TNT Sports nas ruas de Buenos Aires, perto do Obelisco, carregando o crânio de Valentín em meio à multidão de torcedores.
A cena voltou a se repetir em 2024, após a vitória do clube na Copa Sul-Americana sobre o Cruzeiro, em Assunção, no Paraguai.
Aranda conseguiu entrar no estádio La Nueva Olla levando o crânio consigo para comemorar o título — feito que surpreendeu até os próprios torcedores rivais.
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Na Argentina, onde o futebol é tratado como religião, o caso de Gabriel Aranda é visto por muitos como um exemplo extremo do amor por um clube.
Há quem o chame de “louco do Racing”, expressão que, no contexto local, pode soar tanto como crítica quanto como elogio.
Para Aranda, no entanto, trata-se apenas de manter viva a memória de quem lhe ensinou a torcer. “Ele estaria orgulhoso de mim”, diz o torcedor, que afirma não se arrepender de nenhum de seus gestos.
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Em um país onde as emoções do futebol ultrapassam os limites do campo, Gabriel Aranda transformou a devoção ao Racing — e ao avô — em um símbolo da mistura única entre paixão, fé e herança familiar que move gerações de torcedores argentinos.
 
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