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On Board Bus é o primeiro ônibus turístico do Brasil com serviço de bordo premium | Divulgação
Explorar o Centro Histórico de São Paulo ganhou um novo formato. Em vez de caminhar pelas ruas, o visitante pode conhecer marcos da cidade a bordo de um ônibus de luxo, enquanto participa de um jantar em seis tempos.
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É assim a experiência do On Board Bus, primeiro ônibus de turismo gastronômico do Brasil, lançado em janeiro de 2025.
Criado pelo chef André Berti, em parceria com o empresário Rafael Sampaio, o projeto une city tour e alta gastronomia em um veículo de dois andares.
A proposta é mostrar que São Paulo é segura, rica em história e tem público disposto a redescobrir o centro com conforto e atendimento de “primeira classe terrestre”.
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O trajeto dura cerca de 1h45 a 1h50 e transforma a paisagem em cenário de cinema. Pelas janelas, surgem construções modernistas, igrejas barrocas e arranha-céus do século 20.
O roteiro passa por 93 pontos turísticos, como Theatro Municipal, Edifício Martinelli, Mosteiro de São Bento, Pateo do Collegio, Catedral da Sé e Praça da República.
Durante o passeio, um áudio descritivo apresenta a história e curiosidades de cada trecho. Turistas estrangeiros podem acompanhar tudo por um aplicativo que traduz o conteúdo em até oito idiomas, via geolocalização.
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Com capacidade para 62 pessoas, o ônibus foi planejado como um restaurante itinerante.
O atendimento é feito por comissários de bordo bilíngues, treinados nos moldes da aviação. A ideia é resgatar o glamour do serviço atento, com ambiente intimista e clima de jantar especial.
O cardápio, assinado pelo Jazz Restô, é servido em seis tempos e contempla quem come carne e quem prefere opções vegetarianas.
Entre os pratos, aparecem salada de entrada, creme de mandioquinha com sagu de vinho tinto, espaguete ao limone, risoto caprese, fraldinha ao molho roti (com versão em carne de soja) e sobremesas como torta de cacau e merengue de morango.
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Bebidas não alcoólicas são servidas à vontade, além de opções zero álcool de prosecco, vinho e cerveja. Em respeito à legislação estadual, não há consumo de bebida alcoólica enquanto o veículo está em movimento.
A ideia do On Board levou 15 anos para sair do papel. Ela nasceu de uma lembrança de Berti em um barco de vidro no Rio Sena, em Paris.
De volta a São Paulo, ele pensou em um restaurante flutuante nos rios Tietê ou Pinheiros, mas percebeu que os principais pontos turísticos estavam concentrados no centro, longe das margens.
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A virada aconteceu em Nova York, ao observar os ônibus vermelhos de city tour. “Se não dava para fazer no rio, dava para fazer na rua”, concluiu.
Com experiência de 27 anos como chef e empreendedor, Berti já tinha criado o Sampa Sky, mirante de vidro no Edifício Mirante do Vale, e novamente esbarrou no ceticismo sobre o Centro.
Muita gente dizia que o projeto seria perigoso, inviável ou “coisa de maluco”. Para provar o contrário, a equipe investiu em estudos de segurança, suspensão e arquitetura interna.
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O ônibus roda a apenas 10 km/h, o que aumenta a estabilidade, reduz o risco de enjoo e favorece a contemplação do cenário.
Em menos de um ano de operação, o On Board já transportou mais de 7 mil passageiros e superou R$ 2 milhões em receita bruta.
O bom desempenho acelerou os planos de crescimento. Um segundo ônibus está em fase final de montagem e um novo roteiro, voltado ao turismo de compras, entra em operação com passagens por Luz, Pinacoteca, Mercado Municipal, Estação da Sé e Brás.
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Fora de São Paulo, o próximo passo é o Rio de Janeiro, onde a marca pretende chegar até o fim de 2025. A meta é ousada: atingir 30 veículos até 2030, em capitais com forte turismo de negócios e eventos corporativos.
Embora atraia visitantes de outras regiões, o On Board conquistou principalmente o público local. São paulistanos que nunca tinham entrado no Mosteiro de São Bento, passado pelo Pateo do Collegio ou reparado nas fachadas dos prédios da década de 1940.
“Nosso passageiro não é só o turista com câmera pendurada no pescoço. É o morador da Zona Leste que nunca foi ao Mosteiro de São Bento.
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É quem mora na capital, mas nunca olhou para cima para ver os prédios da década de 40”, resume Berti. A proposta é inverter a lógica de uma cidade que se esquece de si mesma e aproximar os moradores de seu próprio centro histórico.
O desafio agora é crescer sem perder a essência. A empresa quer manter o foco no atendimento próximo, na atenção aos detalhes e na história contada a cada esquina, para que a experiência não vire apenas um produto, mas uma lembrança afetiva da cidade.
Os ingressos custam R$ 275 às quartas, quintas e domingos, e R$ 374 às sextas e sábados. Os passeios ocorrem de quarta a sábado, às 19h, e aos domingos, ao meio-dia.
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As reservas são feitas online, e o check-in acontece em um restaurante parceiro no centro, ponto de partida para embarcar nesse jantar itinerante pelo coração de São Paulo.
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