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A Gazeta do Povo elaborou o ranking dos bairros mais seguros de São Paulo com dados da Secretaria de Segurança Pública. | Raphael Miras/GazetaSP
Conhecida por muitos como “a gigante metrópole”, a cidade de São Paulo apresenta um cenário de segurança pública complexo, com aspectos positivos e negativos.
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Comparada a outras grandes cidades, a capital paulista demonstra um desempenho superior em economia, mas a criminalidade ainda se mantém elevada.
Uma análise feita pelo jornal Gazeta do Povo detalhou a criminalidade por bairro, revelando dados surpreendentes. O estudo abrangeu estatísticas de 2022, 2023 e até julho de 2024, consolidando-as em um índice único e direto.
Entender a segurança em São Paulo exige mais do que uma visão geral, já que a cidade, com seus 1,5 mil quilômetros quadrados e 11,4 milhões de habitantes, é maior que muitos países.
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O jornal Gazeta do Povo elaborou o ranking dos bairros mais seguros de São Paulo com dados da Secretaria de Segurança Pública.
Foram considerados crimes contra a vida, assaltos e furtos de veículos. Ocorrências menores, como furtos simples, ficaram de fora para evitar distorções.
A nota de cada distrito policial levou em conta três categorias principais: crimes contra a vida (peso 3, com latrocínios valendo ainda mais), assaltos (peso 2) e furtos de veículos (peso 1). Quanto menor o número de ocorrências, maior a nota.
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O bairro do Belém, localizado na zona leste de São Paulo, liderou o ranking com apenas seis homicídios, nenhum latrocínio e cerca de um assalto por dia.
Em segundo lugar ficou o Jardim Robru, na Zona Leste, com baixa taxa de homicídios, mostrando que segurança não está diretamente ligada à renda.
Comparações reforçam essa ideia: enquanto distritos nobres como Consolação e Pinheiros registraram milhares de assaltos por 100 mil habitantes, bairros periféricos como Ermelino Matarazzo e Perus tiveram índices bem menores.
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Segundo a urbanista Loyde Abreu-Harbich, o senso de comunidade pode reduzir crimes, pois aumenta a circulação de pessoas nas ruas. Já regiões com grande fluxo e alto poder aquisitivo, como Pinheiros, atraem mais furtos.
O urbanismo também pesa: falta de iluminação e “pontos cegos” favorecem criminosos. Para o tenente-coronel da PM Luiz Fernando Aguiar, em áreas dominadas por facções, furtos e roubos podem ser artificialmente baixos, já que o crime organizado evita chamar atenção da polícia.
Além disso, a melhoria socioeconômica de bairros pode transformar o perfil criminal ao longo do tempo.
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São Paulo tem a menor taxa de homicídios entre as capitais brasileiras: 4,5 por 100 mil habitantes em 2023, metade do índice de 2015. Mesmo considerando estimativas maiores do Atlas da Violência, a capital continua entre as mais seguras nesse quesito.
No entanto, roubos e furtos continuam altos e prejudicam a sensação de segurança. Entre 2012 e 2022, os roubos aumentaram 17%, mostrando que, apesar da queda nos homicídios, os crimes patrimoniais seguem como grande desafio.
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