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Os oceanos estão ficando mais escuros: entenda por quê

Pesquisadores britânicos afirmam que um quinto da cobertura oceânica escureceu

Jenny Perossi

18/06/2025 às 16:14

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Camadas mais acima do oceano se tornaram mais habitadas por plânctons.

Camadas mais acima do oceano se tornaram mais habitadas por plânctons. | Imagem: PxHere

Uma pesquisa da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, afirma que os oceanos do mundo inteiro estão ficando mais escuros. O estudo foi publicado na revista Global Change Biology.

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Segundo os autores, 21% de todos os oceanos ficaram mais escuros entre 2003 e 2022. As camadas superiores das águas se tornaram mais opacas, o que impede que a luz do Sol chegue mais fundo.

Entenda agora quais são as causas desse escurecimento global dos oceanos, e quais são as consequências deles para a vida na Terra.

Zona eufótica

A camada superior dos oceanos é chamada de zona eufótica, que vem do grego “boa qualidade de luz”. Essa camada, que não passa dos 100 metros de profundidade, abriga 90% de toda a vida marinha. 

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A pesquisa mostra que o escurecimento dos oceanos acontece por motivos que vão desde mudança nas águas até a mudança na dinâmica dos mares. Também passa pelas mudanças causadas pelo aquecimento global.

Com as chuvas intensas mais frequentes, sedimentos agrícolas da costa são arrastados para o oceano, o que serve de alimento para a proliferação dos plânctons. Com mais plânctons, as águas ficam mais turvas.

Já no oceano aberto o aumento na temperatura está relacionado com o aumento da proliferação de plâncton, que escurece as camadas superiores e impede a luz de chegar às camadas mais profundas.

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Quais zonas ficaram mais escuras?

Segundo o estudo, em 9% do oceano, uma área do tamanho da África, passou por um escurecimento de 50 metros. Em 2,6% foi identificado um escurecimento de 100 metros. 

As principais áreas afetadas são as zonas árticas, a antártica, a corrente do Golfo e também regiões de mares fechados, como o Baltico. 

Contudo, cerca de 10% do oceano ficou mais claro, o que demonstra a complexidade das dinâmicas marítimas, segundo os pesquisadores.

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Implicações para a vida

Thomas Daves é professor associado de conservação marinha da Universidade de Plymouth. Ele explica que alguns animais marinhos necessitam do ciclo de luz da Lua e do Sol para se reproduzirem:

“Nossos resultados fornecem evidências de que mudanças como essas causam escurecimento generalizado, que reduz a quantidade de oceano disponível para animais que dependem do Sol e da Lua para sobrevivência e reprodução.”

Depois de analisar quase 20 anos de imagem de satélite, os cientistas expressam uma “preocupação genuína” com a vida marinha. 

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Com menos luz, a população de seres marinhos que realizam fotossíntese, chamados fitoplânctons, diminui. Com isso, a oferta de alimentos para toda a cadeia alimentar diminui. 

“Isso pode provocar mudanças relevantes em todo o ecossistema marinho", afirma Tim Smyth, chefe do Laboratório Marinho de Plymouth.

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