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Vício em redes sociais é real e perigoso | Freepik
Você já sentiu uma “névoa” na cabeça depois de rolar o feed das redes sociais por muitas horas? A expressão que define essa sensação, “brain rot” ou podridão cerebral, foi classificada como a palavra do ano em 2024, explicando o declínio cognitivo associado à rolagem infinita.
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O sistema de rolagem infinita foi projetado para ser viciante. Os vídeos curtos, com informações fragmentadas e rápidas, instigam para que o usuário passe horas na frente da tela.
Um estudo publicado na revista Neuro Image buscou compreender quais são os efeitos práticos desse vício na população. Eles usaram exames de imagem, análise comportamental e modelos computacionais de decisão para chegar a duas principais conclusões.
A pesquisa concluiu que o vício em vídeos curtos e o uso exagerado das redes sociais diminuem a aversão à perda, reação natural importante para evitar riscos. Ou seja, essa condição leva as pessoas a não se importarem com as consequências reais das ações, mesmo que sejam negativas.
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Isso acontece porque pessoas com maior dependência de vídeos curtos apresentaram menor atividade no pré-cúneo, região ligada à reflexão e avaliação de resultados, o que dificulta perceber plenamente os riscos envolvidos.
Decisões impulsivas, que gerarão efeitos negativos não só para o autor, mas também para todos a seu redor, tornam-se mais comuns. O estudo alerta que “quanto mais alguém estava viciado em vídeos curtos, menos sensível era às perdas potenciais”.
Outro efeito comum do vício é o brain rot. A “névoa mental” dificulta a tomada de decisões simples e a concentração. Usando o Modelo de Difusão de Deriva, o estudo concluiu que pessoas viciadas em vídeos curtos processam as informações mais lentamente.
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O processamento lento leva à fadiga mental e a decisões menos eficientes. A concentração é afetada pela baixa atividade do pré-cúneo, afetando o foco e a avaliação.
Se você tem se sentido confuso, sobrecarregado ou com dificuldade para se concentrar, pode não ser falta de força de vontade, mas uma adaptação do cérebro à velocidade do conteúdo consumido.
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