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País europeu enfrenta problema incomum: faltam homens para tantas mulheres

Com 84 homens para cada 100 mulheres, a Letônia vive um desafio demográfico que afeta relacionamentos, trabalho e o futuro populacional do país.

Raphael Miras

14/10/2025 às 21:34

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O caso da Letônia não é isolado. Países vizinhos, como Estônia e Lituânia, enfrentam desafios semelhantes. 

O caso da Letônia não é isolado. Países vizinhos, como Estônia e Lituânia, enfrentam desafios semelhantes.  | Freepik

A Letônia, um pequeno país localizado no leste europeu, enfrenta um desafio demográfico que afeta diretamente suas mulheres heterossexuais. 

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Com uma população majoritariamente feminina, o desequilíbrio de gênero tem impacto na vida social e emocional das letãs, tornando a busca por um parceiro cada vez mais difícil.

Um ponto curioso é a altura das mulheres letãs, uma das maiores médias do mundo, cerca de 1,70 metro. Embora esse não seja o único fator que influencia a vida amorosa, algumas relatam que a diferença física pode intimidar possíveis parceiros.
Um ponto curioso é a altura das mulheres letãs, uma das maiores médias do mundo, cerca de 1,70 metro. Embora esse não seja o único fator que influencia a vida amorosa, algumas relatam que a diferença física pode intimidar possíveis parceiros.
A desigualdade não se limita à quantidade. Em 2022, os homens letões viviam, em média, 70,1 anos, enquanto as mulheres chegavam a 79,9 anos  uma diferença de 9,8 anos. 
A desigualdade não se limita à quantidade. Em 2022, os homens letões viviam, em média, 70,1 anos, enquanto as mulheres chegavam a 79,9 anos uma diferença de 9,8 anos. 
A história da Letônia também ajuda a explicar o quadro atual. Durante a Segunda Guerra Mundial, o país perdeu uma parcela significativa de sua população masculina, e os efeitos dessa perda ainda são sentidos. Fotos: Freepik
A história da Letônia também ajuda a explicar o quadro atual. Durante a Segunda Guerra Mundial, o país perdeu uma parcela significativa de sua população masculina, e os efeitos dessa perda ainda são sentidos. Fotos: Freepik

Segundo dados do Banco Mundial, em 2023, as mulheres representavam 53,68% da população, enquanto os homens somavam 46,32%. Essa diferença coloca o país no topo do ranking mundial de desequilíbrio entre os sexos.

O sociólogo Baiba Bela, da Universidade da Letônia, afirmou à BBC que o país tem “a maior desproporção entre homens e mulheres”, com apenas 84 homens para cada 100 mulheres.

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Homens vivem quase dez anos a menos

A desigualdade não se limita à quantidade. Em 2022, os homens letões viviam, em média, 70,1 anos, enquanto as mulheres chegavam a 79,9 anos — uma diferença de 9,8 anos. 

Especialistas apontam que a disparidade está ligada às altas taxas de mortalidade masculina entre 30 e 40 anos, muitas vezes associadas a acidentes, alcoolismo e riscos ocupacionais.

Segundo Baiba Bela, a taxa de mortalidade entre homens nessa faixa etária é “três vezes maior que a das mulheres”. 

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A combinação entre menor expectativa de vida e migração feminina cria um cenário em que encontrar um parceiro se torna cada vez mais desafiador.

As marcas deixadas pela guerra

A história da Letônia também ajuda a explicar o quadro atual. Durante a Segunda Guerra Mundial, o país perdeu uma parcela significativa de sua população masculina, e os efeitos dessa perda ainda são sentidos. 

Nas décadas seguintes, a emigração feminina em busca de melhores oportunidades acentuou o desequilíbrio.
Com menos homens disponíveis, muitas mulheres passaram a recorrer a relacionamentos internacionais.

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Aplicativos de namoro e redes sociais se tornaram uma alternativa para driblar a escassez de parceiros dentro do próprio país.

Altura e escolaridade: vantagens que viram obstáculo

Outro ponto curioso é a altura das mulheres letãs, uma das maiores médias do mundo, cerca de 1,70 metro. Embora esse não seja o único fator que influencia a vida amorosa, algumas relatam que a diferença física pode intimidar possíveis parceiros.

No campo educacional, as mulheres também se destacam. Elas representam 60% das matrículas no ensino superior do país (ano acadêmico de 2022-2023). 

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Apesar do avanço profissional, muitas enfrentam dificuldades para construir relacionamentos estáveis, evidenciando uma desconexão entre sucesso acadêmico e vida pessoal.

Um fenômeno que vai além das fronteiras

O caso da Letônia não é isolado. Países vizinhos, como Estônia e Lituânia, enfrentam desafios semelhantes. 
Na maioria do Leste Europeu, a combinação entre emigração, baixa natalidade e expectativa de vida masculina reduzida cria um cenário de desequilíbrio populacional.

Para especialistas, esse fenômeno representa não apenas uma questão social, mas também um alerta demográfico. 

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A tendência pode impactar o futuro econômico e populacional da região, exigindo políticas públicas voltadas à saúde dos homens e à retenção de jovens no país.
 

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