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Bactérias vão matar milhões em 25 anos, de acordo com pesquisa | Banco de Imagens - Freepik
Como resultado do uso indiscriminado de antibióticos, as bactérias estão se tornando mais resistentes e matando mais. Um estudo publicado na revista The Lancet mostrou que os óbitos causados por esses seres irão aumentar em todas as regiões do globo.
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A pesquisa GBD - Antimicrobial Resistence Collaborators uniu pesquisadores do mundo todo, incluindo o Brasil, que acompanharam a resistência aos antibióticos e outros medicamentos.
Essa estimativa é resultado da análise combinada de internações hospitalares e venda e uso de antibióticos. Além disso, também estudaram o perfil de resistência de 22 espécies aos antimicrobianos mais fortes disponíveis, coletados entre 1990 e 2021 em 204 países.
De acordo com o estudo, até 2050, ocorrerão cerca de 1,91 milhão de óbitos por ano em decorrência de doenças causadas por bactérias. Como comparativo, no início da contagem, em 1990, o número era 1,06 milhão, um aumento de 69,6%.
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Um dos fatores que influenciaram no aumento desse número foi a mudança etária na população mundial. Em 1990, existiam cerca de 5,3 bilhões de habitantes, dentre esses, 6% eram idosos.
Em 2021, com uma população de aproximadamente 7,9 bilhões, os idosos representavam 10%. Esse grupo é bem mais acometido por infecções e são mais afetados por doenças crônicas, que geralmente dificultam o combate a bactérias, e aumentam esses dados.
As estatísticas só não são piores porque outro grupo passou a ser menos afetado. As mortes entre crianças de até 5 anos diminuíram em 50%. De todos os outros grupos, houve aumento, principalmente entre aqueles com mais de 70 anos.
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De acordo com o artigo publicado na The Lancet, existem três caminhos possíveis. O primeiro e mais provável é que as mortes causadas por infecções bacterianas, resistentes ou não, sigam sem grandes alterações.
Um segundo cenário possível é a criação de novos antibióticos que ajam contra bactérias mais resistentes, principalmente as do tipo gram-negativo, que possuem uma parede celular rígida. A terceira é o aumento na taxa de vacinação, o que evitaria várias infecções.
Se nada de novo for feito, também há três cenários. O primeiro deles é que, a estimativa de morte seguirá como o planejado.
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No segundo cenário, caso sejam criados novos medicamentos, 11 milhões de vidas serão salvas. O terceiro caso, e mais ideal, segundo os especialistas, são o aumento das medidas de prevenção a infecções e o uso adequado de medicamentos, o que pouparia 92 milhões de vidas.
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