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Descoberta nos Estados Unidos traz novas pistas sobre a vida dos animais pré-históricos | Imagem ilustrativa
Um ovo de dinossauro encontrado nos Estados Unidos revelou um embrião em estado de preservação impressionante. O achado, considerado raro, pode oferecer novas informações sobre o clima e o ambiente de 83 milhões de anos atrás.
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De acordo com James Lamb, doutorando em geologia e paleontologia da Universidade Estadual da Carolina do Norte, esse é um dos melhores fósseis já descobertos. O especialista acredita que o estudo desse embrião vai ajudar a ciência a compreender melhor as condições da época.
O ovo, que provavelmente pertence ao dinossauro de bico de pato conhecido como Lophorhothan, foi descoberto no estado do Alabama. Essa espécie viveu apenas na região onde hoje está localizado o sudeste dos Estados Unidos.
O fóssil foi desenterrado em 1970 por três estudantes, mas durante décadas não foi possível confirmar o que havia em seu interior. Naquele período, os recursos tecnológicos disponíveis ainda não permitiam análises detalhadas do material.
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Anos depois, Lamb retomou o estudo e encontrou indícios de pequenos ossos dentro do ovo. O passo seguinte foi usar um scanner, tecnologia que comprovou a presença de um embrião em ótimo estado de preservação.
Segundo Lamb, a explicação para a boa conservação está no ambiente onde o ovo permaneceu. Ele acredita que o material ficou submerso no mar, e que a casca porosa permitiu a entrada de água salgada e sedimentos, responsáveis por preencher o interior.
Essa combinação de elementos marinhos funcionou como uma cápsula protetora, garantindo que os ossos do embrião atravessassem milhões de anos quase intactos. O resultado surpreendeu a equipe científica e reforçou o valor único do achado.
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Pesquisadores destacam que embriões em fósseis são extremamente raros, o que aumenta a relevância do material encontrado. Segundo Lamb, o estudo deve apontar pistas não apenas sobre o desenvolvimento do Lophorhothan, mas também sobre as condições ambientais da época.
Esse tipo de análise pode revelar detalhes sobre o clima de 83 milhões de anos atrás, ajudando cientistas a entenderem como mudanças ambientais influenciaram a evolução e a extinção de diferentes espécies.
Após a conclusão das pesquisas, o embrião será exibido no Museu de Ciências Naturais. O objetivo é que o público possa conhecer de perto um dos fósseis mais bem preservados da história.
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Para a ciência, trata-se de um marco importante, pois poucos fósseis oferecem informações tão ricas sobre a vida pré-histórica. Já para o público, a descoberta representa uma rara oportunidade de ver como a natureza consegue preservar um registro tão antigo.
A revelação desse embrião reforça a importância de revisitar descobertas antigas com novas tecnologias. Com o avanço dos métodos científicos, materiais encontrados há décadas podem ganhar novos significados e transformar o conhecimento atual sobre a pré-história.
O ovo com o embrião de dinossauro é, segundo especialistas, um verdadeiro “milagre da preservação”. Ele mostra como a ciência continua a se surpreender com o passado da Terra e como ainda há muito a ser descoberto sob o solo.
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Este texto foi originalmente inspirado em reportagem da Revista Pesquisa FAPESP, publicada sob licença Creative Commons CC-BY-NC-ND.
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