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Prepare-se para uma nova dimensão do espetáculo: a Aurora Boreal também "fala" | Freepik
O que antes era mistério ou atribuído a espíritos, os sons da Aurora Boreal agora têm uma explicação científica, revelando um novo lado desse espetáculo.
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Por muito tempo, esses ruídos eram apenas rumores ou lendas. No entanto, em 2012, o pesquisador Unto Laine, da Universidade Aalto, na Finlândia, conseguiu gravar os sons pela primeira vez, provando sua existência.
Pesquisas do engenheiro acústico confirmaram que esses ruídos são reais e vêm de descargas elétricas próximas ao solo, em condições específicas.
Milhões de pessoas conhecem a Aurora Boreal pelas suas luzes deslumbrantes, mas o fato de que ela também produz sons é uma surpresa para muitos.
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Em relato para a CNN, comunidades indígenas falam sobre ter ouvido os sons. Mamie Williams, membro da etnia Tlingit em Hoonah, Alasca, disse: "São nossos ancestrais nos dizendo: 'Nós cruzamos, mas ainda estamos aqui com vocês'".
Compreender a origem desses sons transforma a experiência da aurora; a ciência oferece respostas para um fenômeno que intrigou a humanidade por séculos.
Laine e sua equipe desenvolveram uma hipótese em 2016 para explicar a origem dos sons. Eles propõem que os ruídos são gerados por descargas elétricas ocorrendo em altitudes baixas, entre 70 e 90 metros acima do solo, em circunstâncias climáticas específicas.
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Essas condições incluem tempo calmo e claro, e a formação de uma camada de inversão de temperatura. "Essa camada de ar quente, com ar mais frio acima e abaixo dela, é chamada de camada de inversão de temperatura", explicou Laine.
Ela ocorre quando o ar próximo ao solo se aquece e a temperatura do solo cai ao entardecer. A pesquisa sugere que há uma relação direta entre os sons da aurora e a atividade geomagnética.
Isso significa que, embora o processo de geração do som seja diferente do que cria as luzes, ambos são resultados de perturbações na magnetosfera da Terra. Partículas do sol interagem com gases, causando esses efeitos.
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Uma das maiores surpresas da pesquisa de Laine é que os sons e as luzes da aurora podem ser observados separadamente.
Laine afirmou para o portal Sciencealert.com: “Os sons são muito mais comuns do que qualquer um imaginava, mas quando as pessoas os ouvem sem uma aurora visível, elas pensam que é apenas gelo rachando ou talvez um cachorro ou algum outro animal”.
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