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Pesquisa do Insper mostra que entrar um ano mais velho reduz reprovação e aumenta chances de concluir o ensino médio | Freepik
A relação entre a data de nascimento e traços de personalidade desperta curiosidade tanto da astrologia quanto da ciência.
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Segundo especialistas, o mês de nascimento não determina a capacidade cognitiva de uma pessoa. Isso está mais ligado a fatores genéticos e ambientais, como nutrição, educação e estímulos sociais.
No entanto, um estudo realizado por pesquisadores do Insper revela padrões interessantes sobre o desempenho acadêmico e o momento em que uma criança começa o ano letivo no Brasil.
O estudo foi publicado em 2021 no repositório da faculdade.
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Atualmente, a regra nacional de data de corte para matrícula escolar no Brasil é unificada e obrigatória.
A criança deve completar seis anos de idade até o dia 31 de março para ingressar no primeiro ano do ensino fundamental.
Até 2018, porém, cada estado podia escolher sua data de corte desde que respeitasse a exigência mínima de sete anos completos para o ingresso no ensino fundamental.
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Nos dados analisados pelo estudo, referentes ao período de 2007 a 2017, essa variação ainda existia.
Em São Paulo, por exemplo, as turmas consideravam janeiro como referência. Uma criança que completasse sete anos antes desse mês podia entrar na escola com essa idade.
Quem fizesse aniversário depois precisava aguardar mais um ano para iniciar no ensino fundamental.
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Primeiro, os pesquisadores identificaram qual era a data de corte em cada capital brasileira.
Em seguida, compararam as crianças nascidas pouco antes da data de corte com aquelas que nasceram logo depois.
O acompanhamento desses alunos ocorreu por vários anos. A equipe analisou a evolução escolar desde o ingresso até a chegada à vida adulta.
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Para isso, utilizou registros do Inep, que reúnem dados de desempenho, matrícula e histórico educacional.
Alunos que começaram a estudar mais cedo de fato terminam o ensino médio antes em média.
Mas as crianças que nasceram logo depois da data de corte — ou seja, que entraram na escola um ano mais velhas — apresentaram resultados melhores no longo prazo.
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Elas têm menor chance de reprovação e maiores taxas de conclusão escolar.
Para os pesquisadores, isso ocorre porque elas chegam à escola mais maduras intelectual e emocionalmente.
O ganho se intensifica quando a criança tem acesso à pré-escola, pois a interação com outras crianças favorece o amadurecimento antes do ensino fundamental.
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Também foi observado que quem começa a escola mais velho tem maior probabilidade de alcançar o ensino superior, já que constrói trajetória escolar mais consistente ao longo dos anos.
Outras pesquisas também sugerem que certas datas podem influenciar o desempenho escolar – algumas inclusive determinam o dia e o mês exato que uma pessoa precisa nascer para ter sucesso na vida acadêmica.
Além disso, diversos estudos mostram relação entre o mês de nascimento e as chances de alguém se tornar um atleta de alto rendimento.
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Há ainda levantamentos estatísticos que sugerem que o período de nascimento pode aumentar a probabilidade de uma pessoa atingir os 100 anos de idade.
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