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Pesquisadores estudam a toxina da Armadeira para criar gel contra impotência | Imagem gerada por IA
A aranha-armadeira (Phoneutria.sp) ficou conhecida por conta da reação humana à sua toxina: ereções prolongadas e dolorosas — chamado priapismo. Esse aracnídeo está presente no Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil.
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As picadas dessa aranha causam priapismo, ereções involuntárias e persistentes. A emergência urológica ocorre geralmente em casos graves, disse Rogério Bertani, pesquisador científico do Laboratório de Ecologia e Evolução (LEEV).
“Recomenda-se sempre procurar atendimento médico. Em adultos, o priapismo permanece de uma a duas horas; em crianças, por mais de duas horas. De qualquer forma, não são eventos comuns, ao contrário do que se imagina”, disse Bertani ao Uol.
A espécie é considerada uma das mais perigosas do mundo. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, entre 2019 e 2023, o Brasil notificou 23.868 casos de picadas, com 13 óbitos.
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Após a “mordida”, a dor localizada causa sudorese, vermelhidão e formigamento, e é recomendável procurar um médico.
Em alguns casos, os sintomas evoluem para sudorese profusa, taquicardia, hipertensão arterial, prostração, vômitos, edema pulmonar e extremidades frias, além de pulso fraco.
Essa espécie possui uma característica muito única: a sua posição de defesa. Apoiada sobre as patas traseiras, ela levanta às duas da frente e expõe as presas. Depois, consegue saltar até 40cm de altura em direção à captura.
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A sua coloração é marrom, e possui diversos pontos mais claros no seu abdome. Ela se adaptou bem em São Paulo, principalmente no outono. Além de sapatos e móveis, costuma ficar principalmente em cachos de bananeira.
Além disso, essas aranhas costumam abrigar-se entre materiais guardados por seres humanos: madeiras, tijolos e telhas. À noite, saem para caçar insetos e podem entrar pelas frestas das janelas.
“Caçam de emboscada, esperam a passagem de presas, que são normalmente insetos, e avançam sobre eles, imobilizando-os com veneno”, explica Bertani.
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Caso alguém se depare com uma armadeira, o recomendado é evitar o inseto e isolá-lo. Depois, chamar o serviço de zoonoses da Prefeitura de São Paulo através do número 156.
Em caso de picada, lave a região com água e sabão, aplique compressa morna e vá imediatamente ao pronto-socorro.
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