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Modelo foi divulgado por cientistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) e do Serviço Geológico Britânico (BGS) | Simon Wakefield/Wikimedia Commons
De acordo com a divulgação de uma atualização do modelo Magnético Mundial (WMM), o Polo Norte magnético da Terra (ponto em que o campo magnético do planeta aponta diretamente para baixo), que estava próximo da Sibéria, está oficialmente mudando de posição.
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O modelo foi divulgado por cientistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) e do Serviço Geológico Britânico (BGS).
O WMM passa por revisão a cada cinco anos para garantir que sistemas de navegação em aviões, navios e satélites estejam funcionando corretamente. Ele agora inclui um mapa mais preciso e com maior resolução, trazendo detalhes sobre as mudanças no campo magnético da Terra.
Diferente do Polo Norte geográfico, que é fixo no topo do eixo de rotação da Terra, o Polo Norte magnético fica em constante movimento por causa das mudanças no núcleo do planeta, composto por ferro e níquel.
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“O comportamento atual do norte magnético é algo que nunca observamos antes”, afirma William Brown, especialista em campo geomagnético do BGS em comunicado.
O cientista afirmou que, desde os anos 1500, o norte magnético se movia de forma lenta ao redor do Canadá.
Contudo, nas últimas décadas, ele acelerou em direção à Sibéria, chegando a uma velocidade de 50 km por ano, até diminuir sua velocidade em um período mais recente para cerca de 35 km/ano.
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Pesquisadores sugerem que o movimento seja impulsionado por dois grandes lóbulos magnéticos localizados no Canadá e Sibéria. As mudanças podem ser tão significativas que, em algumas ocasiões, exigem atualizações fora do ciclo usual de cinco anos do WMM.
O núcleo da Terra também apresentou mudanças drásticas nos últimos anos, passando a ficar mais lento.
Chamada de núcleo da Terra, uma bola de metal sólido localizada no interior da Terra gira independentemente da rotação do nosso planeta.
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Em 2023, foi proposto um modelo promissor em que descreveu um núcleo interno que, no passado, girava mais rápido do que a própria Terra, mas agora gira mais devagar.
Por um tempo, os cientistas relataram, a rotação do núcleo coincidiu com a rotação da Terra. Então, desacelerou ainda mais, até que parou de girar e inverteu sua direção em relação às camadas fluidas ao seu redor.
Ter um modelo sempre o mais atualizado possível é fundamental para assegurar sua precisão.
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Os cientistas deram um exemplo de que, ao viajar 8,5 mil km entre a África do Sul e o Reino Unido, poderia ocorrer uma diferença de 150 km no destino final caso fosse usada uma versão antiga.
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