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Pessoas com Síndrome do Sono Curto acordam dispostas depois de quatro horas de sono | Freepik
Pessoas que dormem menos de seis horas por noite naturalmente sentem-se mais cansadas e com sono durante o dia. Mas existe um grupo que não se sente assim: com apenas quatro horas de sono, eles conseguem repor as energias para o dia seguinte.
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Essa condição foi apelidada por pesquisadores como Síndrome do Sono Curto e pode estar ligada a fatores genéticos. Pessoas com essa síndrome sentem-se completamente despertas depois de três a seis horas de sono.
“Pessoas que dormem naturalmente pouco têm melhor qualidade e eficiência do sono”, afirma Ying-Hui Fu, professor da Universidade da Califórnia em São Francisco e um dos líderes do estudo, ao Departamento de Saúde e Serviço Social dos Estados Unidos.
A pesquisa de Fu, feita junto com o professor Louis Ptáček, teve sua primeira grande revelação em 2009. Os pesquisadores estavam estudando uma família que dorme pouco há três gerações e descobriram uma mutação genética que pode explicar a condição.
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Fu explica que “essas pessoas não se treinaram para acordar cedo. Elas nasceram assim”. O gene modificado é chamado de DEC2 e é responsável por controlar os níveis de orexina, um hormônio envolvido na manutenção da vigília do sono.
Depois da descoberta, os pesquisadores expandiram a pesquisa e começaram a fazer testes com camundongos geneticamente modificados no DEC2. Eles conseguiram comprovar que os indivíduos com essa mutação dormiam menos que os outros e, mesmo assim, acordavam descansados.
Segundo os pesquisadores, o sono é complexo e não há como comprovar que apenas essa mutação explica a Síndrome do Sono Curto, mas que ela serve como aprendizado.
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A Síndrome do Sono Curto é rara, mas não há dados que confirmam a proporção dela na população. A dificuldade de medição acontece porque vários fatores influenciam a rotina de sono das pessoas.
Estudiosos do sono afirmam que é importante diferenciar quem dorme pouco por sentir-se descansado e quem tem pouco tempo de sono por necessidade. Se você consegue realizar todas as suas atividades durante a semana dormindo de quatro a seis horas por noite, mas desconta o sono perdido no fim de semana, você não possui a síndrome.
A privação de sono, quando uma pessoa dorme menos que o necessário para acordar completamente descansada para o outro dia, é extremamente perigosa para a saúde. Ela pode causar problemas de circulação e afetar seriamente a memória.
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Ying-Hui Fu diz que quer aprender com as pessoas que dormem pouco para ajudar quem tem a privação do sono. “Esperamos entender o que contribui para uma boa noite de sono, para que todos nós possamos dormir melhor e levar vidas mais felizes e saudáveis.”
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