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Por que as pessoas se casam? Professora da USP revela que amor não é o único motivo

Professora do Instituto de Psicologia da USP traz reflexões sobre a família em canal no YouTube

Vitoria Estrela

26/09/2025 às 12:15

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Antropólogo Claude Lévi-Strauss considerava uma ilusão romântica considerar que as pessoas se casam por amor

Antropólogo Claude Lévi-Strauss considerava uma ilusão romântica considerar que as pessoas se casam por amor | Freepik

O casamento é um contrato social, jurídico e cultural que oficializa a união entre duas pessoas, seja por amor, amizade, interesse financeiro ou razões mais profundas.

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Para antropólogo, mais importante do que legitimar o vínculo entre duas pessoas, o casamento une duas famílias (Foto: Freepik)
Para antropólogo, mais importante do que legitimar o vínculo entre duas pessoas, o casamento une duas famílias (Foto: Freepik)
A cultura, a religião, a classe social e a etnia interferem no seu destino romântico (Foto: Freepik/Gerada com IA)
A cultura, a religião, a classe social e a etnia interferem no seu destino romântico (Foto: Freepik/Gerada com IA)
Professora da USP criou o canal "Papo de Família" para democratizar estudos sobre o tema (Foto: Reprodução/YouTube)
Professora da USP criou o canal "Papo de Família" para democratizar estudos sobre o tema (Foto: Reprodução/YouTube)

Em seu canal no Youtube, a professora do Instituto de Psicologia (IP) da USP, Belinda Mandelbaum, traz uma perspectiva interessante sobre as motivações do matrimônio.

A grande ilusão

De acordo com a professora, o antropólogo Claude Lévi-Strauss (1908-2009) pensava que era uma ilusão romântica considerar que as pessoas se casam por amor.

“Segundo ele, essa união tem uma função social e, antes de tudo, uma determinação social. O leque de pessoas que está disponível para minha escolha não é um leque aleatório”, conta Mandelbaum, no vídeo Casamento - Origem e Função. 

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Para Lévi-Strauss, a cultura, a religião, a classe social, a etnia e até mesmo o corpo de uma pessoa interferem no seu destino romântico.

Por exemplo, um católico provavelmente passará mais tempo da sua vida em uma igreja católica do que em outro ambiente religioso. Portanto, ele pode ter mais chances de interagir e se apaixonar por outro católico do que por uma pessoa evangélica.

Além disso, Lévi-Strauss defendia que, mais importante do que legitimar o vínculo entre duas pessoas, o casamento une duas famílias. Se não fosse ele, esses grupos diferentes jamais se ajudariam e se defenderiam como se fossem um só.

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Mas e o amor?

A professora Mandelbaum esclarece que o grupo social de alguém não é a única coisa que determina a sua escolha romântica.

“A gente não se casa só por amor, mas, evidentemente, a questão afetiva é fundamental nessa escolha, assim como a atração física”, conta. 

De acordo com ela, ao longo do século 20, a psicanálise contribuiu para o entendimento de que as pessoas podiam encontrar a sua verdade e amar quem quisessem, independentemente da sua família ou tradição social.

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Sobre o canal no Youtube  

Em março de 2025, a professora Belinda Mandelbaum criou o canal no YouTube “Papo de Família” para trazer reflexões sobre uma das instituições sociais mais importantes da vida humana, a família.

Com uma linguagem simples, Mandelbaum busca democratizar o acesso às pesquisas acadêmicas, utilizando psicanálise, psicologia social, filosofia, antropologia, sociologia, demografia e demais áreas do conhecimento.

O diferencial dos vídeos são as discussões levantadas com base em livros de autores brasileiros, como Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade.

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No Papo de Família, Mandelbaum já falou de diversos temas como políticas públicas para a família, comunicação na família, inconsciente familiar, entre outros.

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